O Melhor em Casa, programa federal do Ministério da Saúde, está em funcionamento em Santarém desde 2018. Implantado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o serviço oferece atendimento domiciliar especializado a pacientes de média e alta complexidade. Para aprimorar a assistência, a equipe do programa se reuniu nesta quinta-feira, 20, para avaliar o trabalho desenvolvido, discutir o fluxo de desospitalização das redes hospitalares e os atendimentos. O encontro também teve um momento de integração entre os profissionais, com um café da manhã para fortalecer o vínculo da equipe.

A coordenadora do programa Melhor em Casa, Leidiane Gonçalves, ressaltou que esses encontros são fundamentais para uma atuação mais eficiente.
“Essas reuniões mantêm as equipes alinhadas, garantindo um atendimento otimizado e um acompanhamento mais humanizado para os pacientes e suas famílias. Discutimos fluxos de desospitalização e os atendimentos dos pacientes, assim como a organização de férias dos servidores, prontuários de atendimento e outros ajustes necessários. Esse alinhamento será feito mensalmente para avaliarmos o que está funcionando bem e elaborarmos novas estratégias para aprimorar o serviço.”
O programa Melhor em Casa tem como principal objetivo reduzir a demanda hospitalar, encurtar o tempo de internação e minimizar o risco de infecções. Além disso, promove a humanização do atendimento ao priorizar o cuidado no ambiente familiar, aumentando a autonomia dos pacientes. Esse modelo facilita a desospitalização e contribui para uma gestão mais eficiente dos leitos, garantindo um uso mais racional dos recursos da saúde.
Com uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, assistente social, fonoaudiólogo, auxiliares administrativos e motoristas, a iniciativa atende principalmente pacientes com condições crônicas, em reabilitação ou em cuidados paliativos.

Perfil de paciente do Programa Melhor em Casa
Pacientes com afecções agudas ou crônicas agudizadas, necessitando de cuidados intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilitação.
Pacientes com afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado pela doença, que demandem atendimento no mínimo semanal.
Pacientes com necessidade de cuidados paliativos, requerendo acompanhamento clínico no mínimo semanal, visando controlar a dor e o sofrimento do usuário.
Prematuridade e baixo peso em bebês, com necessidade de ganho ponderal.
Os pacientes têm diferentes formas de acessar o programa
Encaminhamento: Realizado pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h e pelos Hospitais Municipal e Regional.
Encaminhamento por Incapacidade de Locomoção: Caso o usuário não possa se dirigir a uma unidade de saúde, a equipe da UBS — composta por Agentes Comunitários de Saúde (ACS), enfermeiros e médicos — realizará uma avaliação e, se necessário, encaminhará o paciente para atendimento domiciliar, reduzindo o risco de infecções.
Desospitalização: Este processo ocorre quando o paciente, após avaliação hospitalar, apresenta evolução clínica, mas ainda necessita de acompanhamento para uma recuperação completa.