Estimular a aplicação de metodologias diversificadas e diferenciadas nas escolas públicas para estudantes da Educação Especial da rede pública de Santarém, bem como melhorar o ensino e a aprendizagem por meio de aplicação de metodologias diversificadas e diferenciadas por meio de materiais pedagógicos adaptados para os estudantes especiais são dois dentre outros objetivos da I Mostra municipal de Educação Especial promovida pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), sob a coordenação da Divisão de Educação Especial.
O evento, realizado nesta sexta-feira (6), no salão social do Sindicato dos Profissionais da Educação de Santarém (Sinprosan), contou com a presença da Assessora para Assuntos Educacionais da Semed, Gerusa Vidal, representando a secretária de Educação, Maria José Maia (ausente por motivo de viagem), a Coordenadora da Divisão de Educação Especial (DEE), Profa. Mestra Dineide Sousa e ainda da Profa. Mestra Mariley Simone, convidada para palestrar sobre “Autismo: saindo do abstrato para o concreto como forma de intervenções em seus níveis de suporte”.
A I Mostra da Educação especial teve a participação de cerca de 250 professores que atuam na educação especial e educação infantil e fundamental e ensino domiciliar que atuam na região urbana, rios e planalto do município de Santarém.
Pela parte da manhã, além da palestra sobre o Autismo houve também o relato de experiências de professores da região de rios, planalto e região urbana, sendo um professor do ensino domiciliar.
De acordo com a professora Mariley Simone, o tema da palestra apresentou questões sobre como sair do abstrato para o concreto pra entender as intervenções dentro dos níveis de suportes de uma pessoa autista.
“Então, o intuito da palestra foi mostrar aspectos clínicos de um autista, como é feito o laudo, como se enquadra esse laudo dentro da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde tá localizado o Autismo dentro desses transtornos e dentro da APA, Associação de Psiquiatria Americana. Além dos aspectos clínicos falamos também das questões mais voltadas para a aprendizagem, as dificuldades como a interação social, que é uma das funções executivas comprometidas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), e ainda apresentamos algumas propostas de intervenções no ambiente escolar para as crianças autistas como atividades e brinquedos que podem envolver três áreas muito importantes nesse público, a motora (motricidade), a afetiva (trabalhando a questão da interação social) e a cognição (aprendizagem)", completou.
“A I Mostra da Educação Especial destaca a socialização de materiais adaptados e utilizados como metodologias de ensino aos alunos especiais para que estes acompanhem o processo e de fato se sintam incluídos. O relato de experiências proporciona conhecermos as diversas realidades de ensinos bem como os professores se sentirem sempre motivados a realizar seus trabalhos”, ressaltou Dineide Sousa, coordenadora da DEE.
À tarde, a programação contou com roda de conversa sobre as políticas para a Educação Especial e ainda exposição e apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos professores das escolas públicas de ensino básico tanto da região urbana quanto da região de rios e planalto do município de Santarém.