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Sarau Afroancestral exalta cultura e espiritualidade negra em Santarém Autor: Agência Santarém

Sarau Afroancestral exalta cultura e espiritualidade negra em Santarém

Agência Santarém
Publicado em - Atualizado
Uma celebração cultural gratuita que ocupou a área externa da Biblioteca Municipal Paulo Rodrigues dos Santos com arte, fé e ancestralidade.

Por Weldon Luciano - jornalista

Na quarta-feira, 25 de junho, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SEMC), realizou o Sarau Afro-Ancestral, uma celebração cultural gratuita que ocupou a área externa da Biblioteca Municipal Paulo Rodrigues dos Santos com arte, fé e ancestralidade. O evento integrou a programação do aniversário da cidade, reforçando o papel essencial da cultura afrobrasileira na construção da identidade santarena.

O espaço se transformou em um palco de expressões afro-amazônicas, com exposição de arte digital, apresentações musicais e de dança, varal de poesia e roda de conversa sobre espiritualidade e pertencimento. A proposta foi unir memória e contemporaneidade em uma experiência sensível de partilha e resistência.

 

 

"A gente conseguiu colocar na pauta do Sarau a complexidade da cultura santarena com essa contribuição formidável da matriz afro aqui no nosso território — que também é enorme no Brasil, na América Latina, no mundo inteiro. A presença da Emily Lopes, a participação dos Amigos da Curimba, os livros afrocentrados da Biblioteca... tudo isso cria um ambiente de partilha, onde a gente conversa, ouve música, faz poesia e encontra as pessoas", destacou Francisco Vera Paz, coordenador de eventos da SEMC.

Um dos destaques da noite foi a exposição da artista visual Emilly Lopes. O projeto, fruto de sua pesquisa de conclusão de curso na região da Arítapera, foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo e se apresenta como uma galeria digital de narrativas encantadas.

 

 

“Essas obras foram baseadas nas histórias que os moradores compartilharam comigo. São memórias vivas, não lendas, sendo figuras que habitam os rios, as florestas e que protegem esses territórios sagrados. A arte aqui não é só estética, é resistência, é cuidado, é pertencimento”, explicou Emilly.

A exposição tem acessibilidade garantida, com material descritivo e tradução em Libras.

O grupo Amigos da Curimba: Irmãos de Fé trouxe à cena uma apresentação envolvente com cânticos e danças de matriz afro-brasileira.

“Há muito tempo precisávamos dessa voz. A gente leva nossa cultura, nosso credo, com dignidade. Mostrar para as pessoas que a nossa fé também tem direito de existir, de se expressar. Estamos aqui ajudando a agregar, a construir esse espaço de respeito”, afirmou Leandro Matos, vice-presidente do grupo.

 

 

O Sarau Afroancestral foi mais que uma programação cultural. Foi um gesto poético e espiritual que valoriza a presença da matriz africana nas práticas culturais, espirituais e sociais do território. É um reencontro com a memória ancestral que vive nos cantos, nas rezas, nas danças e nas histórias do povo.

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