O projeto Museu Itinerante: tecendo relações entre a coleção etnográfica dos Tapajó e os saberes coletivos segue promovendo uma verdadeira imersão nos saberes e tradições da cultura e da história santarena. Promovida pela Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), juntamente com o Centro Cultural João Fona, a iniciativa realizou mais uma de suas etapas, desta vez, na Escola Estadual Maria Uchôa Martins, localizada no bairro da Floresta, nesta sexta-feira, 26.
Adson Tertulino, secretário municipal de Cultura, ressalta a inovação do projeto ao abrir as portas para a colaboração com outros segmentos que promovem a arte, cultura e educação, compartilhando as experiências vividas nas dependências do Centro Cultural João Fona.
"Ele resguarda parte da essência histórica dos santarenos ao trazer esse conhecimento até as dependências escolares vai enriquecer muito mais nossos estudantes, que podem atuar como multiplicadores do futuro da história santarena", destacou o titular da pasta da Cultura que esteve presente na programação.
A programação ocorreu em três momentos distintos com direito a apresentação da Filarmônica Municipal de Santarém, na abertura do evento, além de palestras que apresentaram o projeto para o corpo estudantil e trouxeram à tona temas como: poesia de cordel, educação na Amazônia, a relação entre a ciência e o museu, dentre outros.
Para o coordenador do projeto, Newton Magno, esta é uma oportunidade de aproximar os alunos da riqueza cultural e histórica de sua própria região.
"O Museu Itinerante não se limita a exibir o acervo, mas busca promover uma imersão nos saberes e tradições do povo Tapajó. É uma forma de resgate e valorização da nossa identidade cultural", afirma Magno.
Renato Sussuarana, chefe do Centro Cultural João Fona (CCJF), também comentou sobre a importância de cativar as novas gerações.
"É importante a gente incentivar a juventude a conhecer mais sobre a nossa história, sobre o nosso patrimônio cultural. O Centro Cultural João Fona é uma referência nesse sentido. E a função de um museu é essa: não somente mostrar as peças, mas narrar sobre a nossa história, levar conhecimento e despertar interesse no público jovem”, disse.
A exposição de réplicas de peças da cerâmica Tapajó chamou a atenção dos estudantes. Dentre eles, estava Jami Darcilane Coimbra Teixeira, do segundo ano do Ensino Médio, que nunca havia visto o acervo do Museu João Fona.
"Eu ainda não tive a chance de visitar o museu, mas tenho muito interesse. Eu tirei algumas fotos, porque achei as cerâmicas muito bonitas e diferentes. Eu tenho fascínio sobre assuntos de história e do nosso passado. Estou empolgada com essa programação”, compartilha a estudante.
O projeto conta ainda com a colaboração das Secretarias Municipais de Educação (Semed), Infraestrutura (Seminfra), da Academia de Letras e Artes de Santarém (Alas), e do Serviço Social do Comércio (Sesc).