A Secretaria Municipal de Cultura (Semc), em parceria do Conselho Municipal de Política Pública Cultural (CMPC), no final da tarde de sábado (11/05) concluiu a Oitiva relacionada à Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) de fomento à cultura., Realizada no auditório da Escola de Artes Emir Hermes Bemerguy, o público-alvo foi o fazedores de cultura.
O recurso federal recebido pelo município para fins da PNAB é de R$ 2.174.466,43. Devido as peculiaridades culturais regionalizadas é necessário a Oitiva [escuta] junto aos fazedores de cultura e na parceria do CMPC. “A escuta teve êxito ao objetivo de unir setor público, CMPC e os fazedores para a troca de ideias em avaliação de que forma o recurso recebido pela governo federal poderá ser aplicado, na finalidade de criar editais para que seja colocado em ação e execução as diretrizes legais, afim de fomentar, valorizar e propagar a cultura deste município”, disse o secretário municipal de cultural Adson Wender Tertulino.
A dinâmica da atividade foi iniciada com a distribuição aos trabalhos em Eixos Temáticos:
1- Artes Visuais, Artes Plásticas, Áudio Visual, Arte Digital e Artesanato
2- Música e Literatura
3- Artes Cênicas /Teatro, Dança e Circo
4- Carnaval e Manifestações Folclóricas
5- Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Quilombos
“Os fazedores presentes foram distribuídos em eixos temáticos, pontuaram as ideias, feito a exposição na plenária, e foram todas as aprovadas. Os dados serão tabulados pela Semc, e assim possamos direcionar os editais nas necessidades dos fazedores. Porque cada parte do Brasil, a característica é uma, o que incluí Santarém com peculiaridades, nas zonas rural e urbana. E vamos fazer o possível que o recurso chegue ao destinatário de direito, os fazedores de cultura. Várias outras etapas deste processo estão por vir, sempre dentro da legalidade”, disse ainda o titular da Semc.
O Presidente do CMPC, Gean Araújo, avaliou como proveitosa a Oitiva. “Quando ouvimos a classe cultural, ao ouvir uns aos outros, surgem várias ideias, um setorial, pode sugerir ideia a outro setorial para melhorias do fazer cultural. A oitiva é obrigatória a realização, o momento é para o fazedor de cultura expor a realidade, sobre os mecanismo, o processo que esse recurso possa chegar nas mãos dele”, destacou.
A fazedora de cultura da comunidade quilombola Arapemã, zona rural (área várzea) Maria Alba Vasconcelos, acredita que a PNAB vai abranger mais manifestações culturais. Ela faz parte do grupo de dança “As Pretinhas do Arapemã”. “Faço parte deste grupo, mas em nossa comunidade temos o carimbó e a capoeira. E a participação nesta Oitiva é muito importante para ampliarmos mais participações dos nossos artistas nas lei de fomento à cultura. E queremos idealizar o Festival de Culturas em nossa comunidade na intenção de que outras culturas, além do nosso grupo de dança não se percam”, enfatizou.
“A oitiva é fundamental no processo transparente e democrático. Fazer cultura em Santarém é caro, o custo cultural amazônico têm suas especificidades, a exemplo do combustível e a energia. E a vinda de recursos dessa linha nos dão mais dignidade. E a Oitiva nos faz termos esse diagnóstico mais preciso das demandas dos fazedores de Santarém. E o secretário de cultura presente na Oitiva reforça a importância neste processo”, detalhou o fazedor cultural do teatro Elder Aguiar.
A PNAB institui-se do conjunto das esferas federal, estado e município com a sociedade civil do setor da cultura, bem como no respeito à diversidade, à democratização e à universalização do acesso à cultura no Brasil.