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Santarém leva as cores e a identidade do Sairé para a COP 30 Autor: Rony Aires/ CCOM

Santarém leva as cores e a identidade do Sairé para a COP 30

Neysle Magalhães
Publicado em - Atualizado
Exposição “As Cores do Sairé” destaca a força simbólica da cultura santarena no Pavilhão Pará

Dentre os destaques apresentados por Santarém no Pavilhão Pará, durante a COP 30, está a exposição “As Cores do Sairé”, realizada pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SEMC). A mostra reúne obras do artista Anderson Pereira, que traduz em traços, cores e movimentos as vivências, emoções e espiritualidade do povo santareno, tendo como inspiração central o Festival do Sairé, uma das expressões culturais mais representativas da Amazônia, além do tradicional Festival dos Botos, realizado em Alter do Chão. Nesse festival, o Boto Tucuxi e o Boto Cor-de-Rosa protagonizam um espetáculo de arte, dança e mito que encanta o Brasil e o mundo.

As obras revelam a energia das festividades, a fé das comunidades ribeirinhas e a profunda relação entre território, cultura e identidade. Cada quadro apresenta elementos simbólicos que reafirmam a potência estética e histórica do Sairé e do Festival dos Botos, reforçando Alter do Chão como um dos palcos mais vibrantes da cultura amazônica.

Rafaele Batista, visitante do estado do Amapá, ficou encantada com a exposição.

“Após ouvir a explicação, percebi o quanto ainda conhecemos pouco sobre a cultura paraense. Já tinha ouvido falar do Sairé, mas, com esta apresentação, fiquei com ainda mais vontade de vivenciar de perto esse evento tão bonito.”

Doutor, professor e artista plástico, Anderson Pereira atua como diretor do Centro Cultural João Fona, vinculado à Semc. Ele integra a equipe técnica da pasta, que vem desenvolvendo projetos de valorização, preservação e salvaguarda do patrimônio cultural, entre eles o Circuito Tapajônico de Carnaval, o Festival Folclórico e ações fortalecidas no Sairé.

Para Anderson, a exposição representa um marco para a cultura santarena.

“Levar o Sairé para a COP 30 é reafirmar nossas raízes e mostrar ao mundo a força da arte que nasce das comunidades. Cada obra carrega um pedaço da nossa história e da nossa fé. É uma oportunidade de mostrar que a Amazônia também se expressa por meio da arte e da sensibilidade.”

A secretária municipal de Cultura, Priscila Castro, ressaltou a importância da presença de Santarém no evento global e o papel das manifestações culturais como instrumentos de identidade e resistência.

“Apresentar o Sairé na COP 30 significa mostrar muito mais do que uma festa. É trazer à tona nossa memória, nossa ancestralidade e a criatividade do nosso povo. A cultura é um elo que nos fortalece e nos representa, e estamos aqui para garantir que Santarém seja vista em toda a sua diversidade e beleza.”

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