Além da exposição museológica presente na Casa Santarém, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), também levou para a COP 30 o projeto Catraia Literária, desenvolvido pela Biblioteca Municipal. A iniciativa reúne escritores, poetas, pesquisadores, leitores e representantes da cena cultural santarena, criando um espaço dedicado ao livro, à poesia, à memória e à identidade amazônica.

Durante a programação, o público teve contato com obras que retratam a relação do povo santareno com o rio, com a floresta e com o imaginário regional, marcado por seres encantados, tradições orais e uma profunda conexão com o território tapajônico. O ambiente do projeto busca reproduzir a atmosfera das tradicionais catraias que navegam pelos rios da região, embarcações que simbolizam travessia, histórias e encontros.
A secretária municipal de Cultura, Priscila Castro, destacou o papel transformador da iniciativa na valorização da produção literária local.
“O Catraia Literária tem como foco a literatura santarena, trazendo à tona temas como a relação do povo com o rio, a água e os seres encantados que fazem parte do imaginário regional. As Catraias Literárias são um espaço simbólico e poético que valoriza a palavra, a história e a sabedoria ancestral do povo tapajônico.”
O projeto chama atenção por reforçar a literatura como ferramenta de resistência cultural, preservação de identidades e incentivo à leitura, especialmente entre as novas gerações. A participação na COP 30 fortalece o reconhecimento nacional e internacional das manifestações literárias de Santarém, ampliando o diálogo sobre produção cultural amazônica e democratizando o acesso à palavra e aos saberes tradicionais.
Autor:
Rony Aires