Autor:
Divulgação Semsa
Fazendo parte do Plano Municipal contra a Doença de Chagas e Febre Amarela da Prefeitura de Santarém, o Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS) da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), em ação conjunta da Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária e IEC, promoveu nesta segunda-feira, 24, curso de manipulação de alimentos voltado para moradores da comunidade de Paissandu - Lago Grande.
O treinamento foi realizado no Barracão São Vicente de Paulo e teve como objetivo principal capacitar a comunidade local sobre boas práticas no manejo e na manipulação de produtos alimentícios tradicionais da região, como o açaí, a bacaba e o patauá, além de reforçar cuidados preventivos relacionados a doenças como a Doença de Chagas e a Febre Amarela.
O encontro, que contou com a participação de 52 pessoas, teve uma composição diversa entre os participantes, incluindo estudantes e professores da Escola São Vicente de Paulo, além de profissionais da saúde, agricultores, pescadores e outros membros da comunidade. A ação foi pensada para promover a conscientização sobre a importância da higiene para reforçar as medidas preventivas contra Doença de Chagas, motivada pelos registros de casos confirmados na região.
A enfermeira Graça Almeida explicou a razão pela qual o curso foi de extrema importância para a localidade.
“Este ano, dois casos de Doença de Chagas foram confirmados na comunidade, sendo um casal. A mulher fez o tratamento e já está recuperada, mas o esposo ainda segue em tratamento em Santarém devido ao vírus ainda estar reagente em seu organismo, o que exigiu cuidados médicos mais intensivos. Essa situação reforça a importância de orientarmos a população sobre os cuidados com o manejo dos alimentos e a prevenção da doença, que é transmitida pelo barbeiro”, afirmou Graça.
Durante o evento, foram repassadas orientações à comunidade sobre os cuidados específicos na manipulação dos alimentos típicos da região amazônica, com destaque para o açaí, a bacaba e o patauá. As orientações incluíram a correta higienização dos produtos, o armazenamento adequado e a importância de evitar a contaminação alimentar, fatores que podem ser determinantes para a prevenção de doenças.
"A ação é parte da execução do Plano Municipal Contra a Doença de Chagas e Febre Amarela, que visa reforçar os esforços de controle e prevenção dessas doenças endêmicas na região”, destacou a coordenadora do setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC), enfermeira Tayanne Matos.
Entre as orientações fornecidas, um dos pontos principais é a prevenção contra a febre amarela. As autoridades de saúde tem enfatizado a vacina contra a febre amarela é considerada uma das formas mais eficazes de prevenção, e nas últimas semanas, a informação tem sido reforçada com objetivo de garantir que a população esteja atualizada e protegida.
A enfermeira Tayanne Matos destacou a importância de manter o alerta aos sintomas da doença, que incluem febre alta, dor de cabeça, calafrios, dores musculares e náuseas. Ela, também, orientou sobre a necessidade de procurar imediatamente atendimento médico caso qualquer sintoma suspeito apareça.
"É fundamental que todos estejam atentos aos sinais de risco e que se vacinem, pois a prevenção é sempre o melhor caminho para evitar surtos e proteger a saúde de toda a comunidade", afirmou Tayanne.
A ação também levou informações sobre como identificar sinais de risco para a febre amarela, com um destaque importante para a observação de macacos mortos na área. A presença de primatas mortos, muitas vezes, é um indicador de que o vírus da febre amarela pode estar circulando na região, o que exige um alerta imediato às autoridades sanitárias para que medidas de controle possam ser tomadas para bloquear a propagação do vírus.
