Profissionais da saúde foram capacitados para atender aos usuários do SUS pela nova modalidade. A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), está implantando uma nova modalidade de atendimento aos usuários do serviço público de saúde, denominado "acolhimento", nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Santarém. O sistema começou a ser implantado neste mês de janeiro em todas as UBS's do município.
O acolhimento faz parte da Política Nacional de Humanização, criada pelo Ministério da Saúde e que atua de forma a interferir na qualificação da atenção e gestão do SUS. Sua criação se deve à necessidade de avanço e qualificação do sistema nacional de saúde, na relação e nos processos de atenção ao usuário, bem como no trabalho de gestores e trabalhadores da área da saúde. Com a implantação do sistema de acolhimento nas unidades, muda-se o modelo tradicional de atendimento, facilitando o acesso dos usuários ao sistema de saúde.
As equipes de acolhimento nas UBS's do município serão compostas por profissionais que atuam nas unidades, especialmente técnicos de enfermagem, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e médicos. Através do acolhimento, os usuários passarão por uma escuta qualificada e sairão de lá com respostas para os problemas, segundo explicou a coordenadora da Estratégia Saúde da Família (ESF) e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da Semsa, enfermeira Marcela Brasil. "Essa nova proposta é de um trabalho coletivo mais acolhedor, mais ágil e mais resolutivo, baseado no critério de risco do paciente, sendo ele direcionado ao atendimento, levando em conta seu estado de saúde. Haverá ainda uma redução de filas e do tempo de espera, com a ampliação do acesso e extinção do sistema de distribuição de fichas, já que todos que procurarem as unidades passarão pela equipe de acolhimento", explicou Marcela Brasil.
Para a implantação desse novo modelo, os responsáveis pelas unidades de saúde em Santarém vêm recebendo capacitação desde o início deste ano. De acordo com Marcela Brasil, eles serão agentes multiplicadores das informações, montando suas equipes de acolhimento e levando a todos os que atuam nas unidades, as informações necessárias para a implantação dessa nova modalidade de atendimento mais humanizado ao usuário do SUS.
Ela explicou que, para que haja essa mudança, é importante a inclusão de todos os que atuam nas UBS's: vigias, auxiliares de serviços gerais, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, enfermeiros e médicos. "Para humanizar, é preciso a inclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado. Essas mudanças são construídas não por uma pessoa isoladamente, mas de forma coletiva e compartilhada. Incluir os trabalhadores na gestão é fundamental para que eles, no dia a dia, reinventem seus processos de trabalho e sejam agentes ativos das mudanças no serviço de saúde", concluiu.