Em encontro com comunitários da localidade quilombola de Murumuru, região do Lago do Maicá, realizado na manhã desta quarta-feira (11), a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambienta (Semma), recebeu denúncias de crimes contra a fauna e a flora como pesca predatório, poluição sonora, caça de animais silvestres e queimadas. A reunião contou ainda com a participação do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
O presidente da Associação de Moradores de Murumuru, Raimundo Nonato, relatou que a comunidade vem sofrendo com a presença de pessoas da área urbana de Santarém e outras comunidades vizinhas que estão cometendo os crimes ambientais.
"Nossa região já viveu momentos mais tranqüilos, mas ultimamente estamos enfrentando muitos transtornos com a pesca de arrastão, captura de pássaros e algumas áreas estão sofrendo incêndio. Além disso, estamos tendo que lidar com o som em alto volume promovido por igrejas, bares e residências", relatou.
Segundo a secretária de Meio Ambiente Vânia Portela, existe um número de denúncias bastante elevado na Semma, mas a secretaria está articulando agendas para que as comunidades possam receber, juntamente com os demais órgãos de segurança, ações de fiscalização.
"Queremos também contar com o apoio da população na identificação dos infratores como número de placas ou mesmo o pré-nome. Orientamos que a comunidade precisa se unir, fazer as denuncias formais aos órgãos de segurança e meio ambiente, não somente à Semma como o 190, e criar um diálogo entre todos os moradores quanto aos problemas vividos na área", ressaltou a secretária de Meio Ambiente.
Na reunião, um grupo de pesquisa do curso de Bacharelado em Direito da Ufopa apresentou proposta de apoio com o projeto de mediação de conflitos que a universidade já vem desenvolvendo na comunidade.
Em conjunto com os demais órgãos ambientais e segurança pública, a Semma articulará operação, a fim de apreender e coibir os crimes ambientais na região de Murumuru.