A Prefeitura de Santarém declarou a obra musical de Sebastião Tapajós patrimônio cultural e imaterial do município. A lei N. 21.444 sancionada em 13 de dezembro de 2021 foi assinada pelo prefeito Nélio Aguiar.
Sebastião Pena Marcião morreu no dia 02 de outubro de 2021 vítima de um infarto agudo do miocárdio. O violonista, consagrado no Brasil e na Europa, tinha 79 anos de idade.
O prefeito Nélio Aguiar salientou sobre a herança da arte do violonista para Santarém e o mundo. "É mais proteção, reconhecimento e zelo pelo enorme legado artístico e cultural deixado por Sebastião Tapajós. O violonista, consagrado no Brasil e na Europa, gravou mais de 50 discos. Um patrimônio cultural que deve ser conhecido pelas próximas gerações e que certamente dará sua contribuição ao meio acadêmico e a futuros músicos, que terão em Tapajós sua maior inspiração", disse o gestor municipal.
História de Sebastião Tapajós:
Sebastião nasceu em 16 de abril de 1943 em Alenquer (PA). O artista gravou mais de 50 discos, sendo o primeiro de 1967, com o nome de ‘Violão e Tapajós’, e o último, de 2014, com o título de Violões do Pará.
Em seguida, o músico foi estudar na Europa, onde se formou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa. Estudou também na Espanha e dedicou-se à pesquisa de música popular e folclórica.
Eme 1970 fez turnês ao lado de Paulinho da Viola e Maria Bethânia, gravou na Alemanha e ainda lançou discos com temas regionais do Pará e da América Latina.
Gravou também com o Zimbo Trio, Maurício Einhorn, Gilson Peranzzetta, Jane Duboc e Nilson Chaves, com quem dividia a cultura e a vida, sendo um de seus grandes amigos.
Em 1992 recebeu o prêmio de Melhor Músico Brasileiro, concedido pela Academia Brasileira de Letras e em 2013 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e também da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Em 2017, a partir de uma iniciativa de amigos do músico, foi fundado o Instituto Sebastião Tapajós para divulgar a obra do violonista e de outros artistas locais.
A morte do artista chocou familiares, fãs e amantes da música. O violonista deixou um legado à cultura do Brasil e do mundo, levando a Amazônia para todos os lugares por onde passou.
Confira a lei: