Em operação realizada na manhã desta quarta-feira (27) em Área de Preservação Permanente (APP) do bairro Maicá que foi desmatada, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), em conjunto com a Polícia Militar Ambiental, realizou vistoria a fim de flagrar os desmatadores, assim como fazer a demarcação dos pontos de localização para procedimento judicial e recuperação da área.
Em janeiro deste ano, a Semma já tinha identificado o crime ambiental, quando recebeu denúncias apresentadas por lideranças do Conselho de Segurança da Grande Área do Maicá (Conseg). Como medida, a Secretaria encaminhou ofício à Polícia Civil para investigação dos responsáveis pela devastação.
Segundo o vice-presidente do Conseg, Adilson Matos, o local servia como espaço de pesca artesanal, animais silvestres eram encontrados, mas com o desmatamento os danos foram bastante nocivos o que prejudicou a qualidade ambiental dos moradores.
"Nossa intenção é que nesse espaço possa ser implantado um projeto ambiental, fazendo-se a recuperação e servindo como bem público. Sabemos que é um projeto caro, mas a comunidade pretende unir forças para não persistir o avanço da tirada das árvores e poder preservar o local", destacou Adilson Matos.
Nas proximidades, em março de 2016, um terreno de 4 hectares que pertence ao artesão Laurimar Leal, onde existia o planejamento do proprietário construir um museu a céu aberto, foi invadido e espécies de árvores como o pau-brasil foram derrubadas.
Assim que identificados os criminosos, a Semma procederá com as medidas judiciais, seguindo o Artigo 48 da Lei 9.605/98 que dispõe sobre as punições e providências para crimes ambientais.
Dentre outras medidas, a Semma fará a implantação de placas informativas orientando a proibição de desmatamento como forma preventiva para evitar o avanço dos problemas ambientais no espaço, considerado como área de preservação permanente.