Enfermeira obstetra Alzenira Sarmento e o diretor do HMS, Itamar Júnior. Foto-Ascom HMS
A obstetrícia do Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) faz parte do livro lançado no último dia 29, na Escola de Enfermagem Anna Nery, no Rio Janeiro. A obra é resultado de uma qualificação realizada pelo projeto Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, em 2014. O Pará teve uma única representante: a enfermeira obstetra Alzerina Sarmento, que atua no HMS. Ela foi a autora de dois capítulos e esteve na cerimônia de divulgação.
O livro mostra as novas condutas praticadas no atendimento obstétrico. Alzerina Sarmento é uma das contribuintes na produção dos indicadores da saúde materna do país. Ela explica que a ida ao Rio de Janeiro foi o momento de culminância para materializar todo esse processo de implantação do novo modelo de assistência ao parto.
A enfermeira aponta os caminhos de implantação de novas ações na área no HMS. Foto-Ascom HMSA enfermeira aponta na obra os caminhos da implantação dessas ações na obstetrícia do HMS e relata o trabalho em um Hospital de Manaus (AM). "O livro começou a ser escrito a partir do curso de qualificação que as enfermeiras selecionadas pela Rede Cegonha realizaram. Eu estou muito feliz e honrada por ser parte desse projeto e poder praticar o parto humanizado junto dos meus colegas diariamente", enfatizou.
Assistência ao parto
Atualmente, o HMS atua acima da capacidade de atendimento no setor da obstetrícia. Em média são atendidas aproximadamente 350 mulheres por mês para 42 leitos. No último dia 23, por exemplo, o setor estava com 62 grávidas. "Mesmo em meio à superlotação, a nossa equipe trabalha com todo o esforço para proporcionar o atendimento humanizado. Obedecendo a conduta preconizada pelo Mistério da Saúde no que diz respeito ao parto", destacou o diretor geral da Unidade, Itamar Júnior.
O objetivo da Rede Cegonha é garantir saúde, qualidade de vida e bem-estar durante a gestação, o parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança. "O que fazemos é prezar pela liberdade dessas gestantes que, por meio da nossa orientação, encontram a melhor forma de ganhar o bebê. A gente faz a escuta qualificada e com toda atenção necessária para esse momento", explicou a enfermeira Alzenira.
Experiências de parto foram retratadas em livro. Foto-Ascom HMSO principal objetivo da qualificação é apresentar os efeitos positivos após a introdução dessas práticas no HMS e outros hospitais e maternidades do país. "Ao final do curso, os profissionais obstetras tornam-se germinadores dessas novas práticas. Hoje eu sou militante, trazendo empoderamento para essas mulheres saberem da força que elas têm resgatando a cultura do parto fisiológico".
Novas Ações
Direcionados pelo Ministério da Saúde, a Rede Cegonha conduz para a humanização dos atendimentos, optando sempre pelo bem-estar da mamãe e do bebê. No HMS existe uma sala de pré-parto, com bolas de ginástica, junto aos banhos para o relaxamento da paciente.
Também é garantido o cuidado com alimentação para manter saudável o momento do parto, com direito a um acompanhante e garantindo à paciente a decisão pela melhor forma de trazer o bebê, conforme orientação das enfermeiras.