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Autor: Luan Rodrigues
Conduzir bem o Município é estar atento a cada necessidade, a cada demanda, da população. E quando se fala em atividade econômica que beneficia o homem do campo, a preocupação da Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap) e da Coordenadoria Municipal de Incentivo à Produção Familiar (Ciprof), aumenta ainda mais.
Nesta terça-feira (18), o secretário da Semap, Bruno Costa, juntamente com a coordenadora do Ciprof Elis Rebelo e equipe técnica, estiveram na sede do Sindicato dos Trabalhadores e trabalhadoras de Santarém (Sttr), reunindo com o Projeto Saúde e Alegria (Psa); Cooperativa dos Trabalhadores Agroextrativista do Oeste do Pará (Acosper) e Casa Familiar Rural de Santarém, para tratar sobre a legalização da meliponicultura em Santarém. Atualmente a produção do mel representa uma importante atividade econômica para moradores de regiões localizadas na zona rural do Município.
O PSA é um dos idealizadores da ação que ao longo do tempo já vem desenvolvendo a atividade perante às comunidades ribeirinhas. De acordo com o técnico do Psa, Alexandre Godinho, a ideia do projeto é consolidar a cadeia do mel nas comunidades tradicionais que já praticam esse tipo de atividades desde o uso de técnicas sustentáveis de bom manejo de abelhas sem ferrão para a produção do mel e seus derivados, como o pólen e o própolis, até o beneficiamento do produto e sua comercialização. "Um dos maiores problemas está na legislação e legalização da atividade, uma vez que esta atividade é caracterizada como criação de animais silvestres. O intuito de reunir com essas entidades e buscar estratégias que possam possibilitar aos moradores de diferentes regiões, formas de garantir o sustento aliando proteção ao meio ambiente”, contou.
O titular da Semap Bruno Costa, ouviu atentamente a demanda apresentada e se colocou à disposição para dialogar com os demais órgãos competentes, a legalização da atividade.
“Essa atividade tem grande importância na geração de renda para muitas comunidades tradicionais e agricultores familiares de Santarém. O manejo de abelhas nativas sem ferrão já é uma realidade consolidada no município, entretanto o desafio é promover a legalização da produção. Vamos discutir metas e caminhos com apoio de entidades parceiras, principalmente no sentido de ter a legalidade da atividade. Num futuro próximo, colocar o mel numa prateleira do supermercado, com origem e identificação do produto”, ponderou.
Outro ponto destacado no encontro foi à certificação do produto junto ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM). De acordo com a coordenadora do setor, Derliany Lira, o selo trará vantagens para os produtores e para os consumidores. “No caso do mel, principalmente, onde a falsificação é muito comum, o selo garante ao consumidor que o produto é verdadeiro e de qualidade, sendo extraído, processado e embalado com higiene e segurança. E, para o produtor, o selo também confere a possibilidade de expansão dos negócios e ampliação das vendas”, ressaltou.
