O laboratório de micropropagação de plantas in vitro, inaugurado na tarde desta quinta-feira (18), e que vai funcionar nas dependências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), vai possibilitar aumento na produção de mandioca e macaxeira com um tempo reduzido.
O laboratório vai servir para o desenvolvimento de recursos humanos, desenvolvimento institucional e difusão tecnológica, bem como atividades de ensino pesquisa e extensão. A técnica consiste em produzir em laboratório plantas in vitro (clones vegetais) de qualidade genética e fitossanitária. O mesmo irá contribuir de forma significativa com a cadeia produtiva da mandioca/macaxeira, fornecendo material de propagação.
A realização é do Grupo de Gestão Integrada para o Desenvolvimento Regional Sustentável (GGI), composta pela Prefeitura de Santarém, Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Instituto Federal do Pará (IFPA), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Sindicato Rural de Santarém (Sirsan).
O GGI é coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Tecnologia (Semdec). "A inauguração do laboratório faz parte da cadeia produtiva da mandioca para poder contribuir através de inovação e tecnologia. Hoje, Santarém é o segundo maior produtor de mandioca do Pará. Só que a gente ainda não tem verticalização. A micropropagação proporciona produção em larga escala com qualidade genética e fitossanitária", explicou a coordenadora do GGI, Rosimary Fonseca.
O laboratório vai proporcionar grandes vantagens para a classe acadêmica com aulas práticas, e também vai beneficiar os produtores da agricultura familiar. "Serão feitos os trabalhos através dos pesquisadores que fazem parte desse processo, que é da Ufopa e do IFPA. O laboratório in vitro é um clone de um vegetal e que, após isso, vai para climatização em campo, dentro de viveiros, estufa, para poder depois distribuir as mudas para os produtores", acrescentou Rosimary.
"Isso demonstra o resultado dessa estratégia integrada e abre novos horizontes para nós do interior da Amazônia. Vivemos o ciclo da madeira, da borracha, do ouro, que tiveram aquele momento de euforia, pico, todo mundo ganha e, de repente, esse ciclo termina, todo mundo desaba, todo mundo perde, a economia retrai e os prejuízos são enormes. Acredito muito na força, tanto na agricultura familiar quanto na de grande escala. A gente está falando de alimentos para uma população de cresce a cada ano", declarou o prefeito Nélio Aguiar, em pronunciamento.
A estudante do curso de bacharelado em biotecnologia da Ufopa, Tanara Costa, se mostrou empolgada com o novo espaço de aprendizagem. "Uma oportunidade de conhecer e trabalhar as técnicas de cultura desses vegetais, que até então não tínhamos em aulas práticas. Turmas anteriores à minha se deslocavam para grandes centros como Belém e São Paulo. Desejo que momentos como esse se repitam e mais laboratórios possam ser inaugurados", declarou em pronunciamento.
Participaram da inauguração representante do IFPA, Ufopa, Cargill e outros órgãos ligados ao assunto.