A Prefeitura de Santarém, por meio da Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), vai iniciar nesta segunda-feira (7), o primeiro Levantamento Rápido de Índices do Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. Durante uma semana, cerca de 80 Agentes de Endemias devem percorrer aproximadamente 25 mil imóveis em 48 bairros e/ou localidades santarenas.
O LIRAa é considerado um instrumento orientador das ações de controle da dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (zika e chikungunya) em todo o Brasil. Consiste em uma amostragem larvária bimestral de Aedes aegypti em um município, para obter a estimativa da infestação pelo vetor da dengue. Essa amostragem deve ser precedida de um mapeamento e estratificação dos imóveis do município em unidades territoriais homogêneas de 2.500 a 12.000 imóveis, denominadas estratos (em Santarém temos 15 estratos). O levantamento identifica as áreas com maior número de focos de reprodução do mosquito transmissor das doenças, fornecendo o Índice de Infestação Predial (% de imóveis que possuem criadouro com a larva do vetor) e os tipos de recipientes que caracterizam os criadouros. Os indicadores resultantes da pesquisa fornecem informações qualificadas para a atuação da Prefeitura nas ações de prevenção e controle das doenças transmitidas pelo mosquito.
De acordo com o coordenador da Divisa João Alberto Coelho em 2018, o bairro com maior índice de infestação predial foi a Floresta. Em virtude disso, foi realizado um grande mutirão, no dia 30 de novembro, para a eliminação de focos naquele local. Na ocasião, as equipes fizeram uma grande varredura nos imóveis, identificando e eliminando focos do mosquito.
O resultado do primeiro LIRAa de 2019 deve sair na segunda-feira seguinte à conclusão das visitas. Após isso, segundo João Alberto, uma ação intensificada deve ser realizada para a eliminação de focos, caso seja necessário. "A eliminação dos criadouros ainda é a maneira mais eficaz de combate ao mosquito Aedes aegypti, pois quebra a cadeia de transmissão, eliminando o mosquito dos locais onde se reproduzem. Assim, a prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade a partir da adoção de medidas simples, visando a interrupção do ciclo de transmissão e contaminação pelo mosquito", ressalta o coordenador da Divisa.