Divisa divulga dados da dengue em Santarém
A Prefeitura de Santarém, por meio da Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), divulgou nesta terça-feira (23), os mais recentes dados de infestação predial no município, com relação ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A Divisa faz o monitoramento de infestação predial do mosquito Aedes Aegypti a cada dois meses, através de um Levantamento de Infestação Rápida - o Lira.
Os dados são coletados na cidade, através de uma divisão denominada "estrados epidemiológicos". Para uma medição mais precisa, Santarém foi dividida em 10 estrados epidemiológicos, cada um deles compreendendo de 2 a 7 bairros. O último Lira divulgado foi em outubro de 2017.
De acordo com o relatório divulgado nesta terça-feira, houve um aumento no número de bairros que passaram a ser considerados de alto risco de infestação predial. Para o coordenador da Divisa, João Alberto Coelho, esse aumento nos índices se deve ao início do período chuvoso no município. Agora, são 3 os estrados epidemiológicos que estão sendo considerados de alto risco de infestação predial, compreendendo 20 bairros que precisam de maior atenção, segundo ele. São eles: Amparo, Santarenzinho, Elcione Barbalho, Laguinho, Liberdade, Salé, Aparecida, Jardim Santarém, Aeroporto Velho, Diamantino, Matinha, Nova República, São Francisco, Vitória Régia, Jutaí, Livramento, Santo André, São José Operário, Floresta e Uruará.
Todos apresentaram mais de 4% de infestação predial, dentre os imóveis visitados pelos agentes de endemias que fazem o levantamento, sendo os bairros da Matinha, Floresta, Aldeia e Cambuquira os que apresentaram os maiores índices de infestação.
De acordo com o Lira, estão com índice de infestação predial em situação de alerta, ou seja, considerados de médio risco, os bairros: Santa Clara, Interventoria, Vila de Alter do Chão, Jaderlândia, Área Verde, Santíssimo, Santana, Prainha, Esperança, Caranazal, Aldeia e Maracanã. Os demais bairros são considerados de baixo risco de infestação predial.
João Alberto explicou que os dados são preocupantes e que com o objetivo de reduzir esses índices, o trabalho dos agentes de endemias nesses locais já foi intensificado esta semana. Estão sendo feitas visitações domiciliares diárias nesses bairros, eliminando os focos e conscientizando os moradores quanto aos cuidados que devem ter com recipientes que possam vir a acumular água. "Além da atuação mais efetiva dos agentes de endemias nesses bairros em situação mais crítica, é preciso uma mobilização social, pois a população é corresponsável nessa ação e cada um deve fazer a sua parte. A população deve evitar acúmulo de água em qualquer recipiente. Com isso, estará colaborando e se protegendo de uma possível epidemia", destacou.
Ele ressaltou ainda que apesar da presença de muitos mosquitos, ainda não se registrou nenhum caso da doença em Santarém. "É preciso que todos continuem tomando os cuidados necessários para eliminar os criadouros, para que ninguém corra o risco de contrair as doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, evitando uma epidemia", alertou.
Ele finalizou explicando que o trabalho dos agentes de endemias deve continuar em todos os bairros santarenos, de forma incansável, para combater os focos do mosquito.