O Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), com patrocínio do Ministério da Cultura (Minc/Funarte), através de emenda parlamentar do Deputado Federal Arnaldo Jordy atualizou o cronograma para o "I Festival de Choro" do Pará. As inscrições encerram no dia 18 de novembro. No apoio do evento está a Prefeitura de Santarém, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc).
Podem participar qualquer compositor e/ou músico residente no território nacional que seja maior de 16 anos. Dentre o processo do festival será feita uma eliminatória no município de Santarém com previsão para ocorrer no dia 1º de dezembro, às 20h30, no auditório da Casa da Cultura. Nesta eliminatória os atrativos ficarão por conta de show Choro da Casa com Marcos Puff, Djalma Pereira e convidados.
"O Festival foi idealizado para incentivar a cultura do choro, estimular a produção musical, revelar novos talentos e valorizar os cantores, os compositores e os músicos, além de promover o intercâmbio artístico-cultural", explicou Luis Alberto Figueira, titular da pasta da cultura no município de Santarém.
Inscrições gratuitas:
A ficha de inscrição e as informações estão disponíveis no site oficial da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
O Festival aceitará inscrições nas categorias: choro cantado e choro instrumental, podendo ser inscritas qualquer vertente do gênero Choro, como:choro canção, choro ligeiro, choro camerístico e choro sinfônico. As seletivas serão divididas em duas eliminatórias, uma em Santarém e outra em Belém.
Ao todo, 26 músicas serão selecionadas para participarem do Festival, sendo classificadas doze composições em Santarém e quatorze em Belém. Das doze composições de Santarém, cinco serão classificadas para a final, que serão somadas às sete composições finalistas da eliminatória de Belém, que acontecerá em 10 de dezembro, totalizando doze músicas para concorrer a grande final do Festival.
As doze músicas classificadas terão direito à premiação de R$ 1.000,00, a ser liberada aos vencedores até no máximo 30 dias após a divulgação do resultado. Serão considerados como vencedores do I Festival de Choro do Pará os concorrentes que tiverem as três maiores pontuações e o Grupo Musical que receber a maior pontuação. As premiações são:
1º lugar, R$10.000,00;
2º lugar, R$ 8.000,00;
3º lugar, R$6.000,00;
Melhor grupo instrumental, R$ 5.000,00.
A final ocorrerá em Belém no dia 11 de dezembro, às 20h, no Teatro Gasômetro. E no dia 12 de dezembro acontecerá o show em homenagem ao Choro do Pará, no espaço cultural "Casa do Gilson", reduto do choro no Pará, frequentado por sambistas, poetas e chorões.
Cronograma:
O que? Quando?
Inscrições encerram: 18/11
Pré-seleção: 19 a 21/11
Divulgação do resultado: 23/11
Eliminatória Santarém: 01/12
Eliminatória Belém: 10/12
Final do Festival: 12/12
Show de encerramento: 12/12
Sobre o "Choro":
Popularmente chamado de chorinho, é um gênero de música popular e instrumental brasileira que surgiu no Rio de Janeiro. Tido como a primeira música urbana tipicamente brasileira que se transformou em um dos gêneros mais prestigiados da música popular brasileira, visto como o recurso que o músico brasileiro usou para adaptar, ao seu estilo, a música importada e consumida nos salões e bailes da alta sociedade do Império a partir da metade do século XIX.
Tem como origens estilísticas o lundu, ritmo africano à base de percussão, com gêneros europeus. A composição instrumental dos primeiros grupos de choro era baseada na trinca flauta, violão e cavaquinho, mas com o desenvolvimento do gênero, outros instrumentos de corda e sopro foram incorporados. Os primeiros conjuntos de choro surgiram por volta da década de 1870, nascidos nas biroscas do bairro Cidade Nova e nos quintais dos subúrbios cariocas. O flautista e compositor Joaquim Antônio da Silva Calado, os pianistas Ernesto Nazaré e Chiquinha Gonzaga, e o maestro Anacleto de Medeiros compuseram quadrilhas, polcas, tangos, maxixes, xotes e marchas, estabelecendo os pilares do choro e da música popular carioca da virada do século XIX para o século XX, que com a difusão de bandas de música e do rádio foi ganhando todo o território nacional.
Na década de 1920, o maestro Heitor Villa-Lobos compôs uma série de 16 composições dedicadas ao Choro, mostrando a riqueza musical do gênero e fazendo-o presente na música erudita. A série é composta de 14 choros para diversas formações, um Choro Bis e uma Introdução aos Choros. Já Pixinguinha é considerado herdeiro de toda essa tradição musical e consolidou o choro como gênero musical, levando o virtuosismo na flauta e aperfeiçoando a linguagem do contraponto com seu saxofone e organizou inúmeros grupos musicais, tornando-se o maior compositor deste ritmo.
Mais informações:
Alciane Ayres - Assessora de comunicação da Semc
Contato: (93) 99179-4634 / E-mail: alcianeayres.jornalista@gmail.com