Secretário Diego Pinho e Saulo Jennings com os ChefsPonto alto da realização do Projeto ‘Cozinha Tapajós’ é a busca de elementos inovadores que possam ser de grande diferencial e agregue valor no processo de identidade da gastronomia de Santarém e Região. Nesta sexta-feira (7), os Chefs que participam da programação visitaram a comunidade de Alto Jari, na Várzea do município. Lá, reside a senhora Dulcicléia Oliveira, que cultiva a Vitória-Régia, planta que é 100% aquática.
A família descobriu por meio de pesquisa que a planta poderia oferecer derivados para serem utilizados em cardápio da culinária local, como a Vitória-Régia frita (uma espécie, mais saborosa da batata frita), a pipoca, bolom torta, rabanada, pastelzinho de Vitória-Régia, Palmito, dentre outros produtos, como falou a anfitriã. "Esse trabalho que fazemos aqui é muito importante para o turismo, para a gastronomia, estou aqui a pouco mais de dois anos e encontramos aqui uma oportunidade de viver bem, junto a natureza e com a nossa observação, percebemos que muitos animais aquáticos e aves vinham se alimentar da Vitória-Régia e pedimos apoio para um trabalho de pesquisa que constatou que as plantas desse nosso jardim aquático, também poderiam oferecer produtos derivados desse cultivo, daí começamos a fazer experimentos e hoje temos vários produtos e receitas a partir do cultivo da Vitória-Régia", explicou.
O Chef proprietário do Restaurante Vecchio Sogno, referência da alta gastronomia da capital mineira, Ivo FariaO Chef proprietário do Restaurante Vecchio Sogno, referência da alta gastronomia da capital mineira, Ivo Faria, falou que se surpreendeu com os produtos derivados que a Vitória-Régia pode oferecer e observou que as belezas naturais e a gastronomia são importantes para o crescimento do turismo no Tapajós. "Olha, a primeira coisa que toca muito é você ver esse trabalho que está sendo feito com a gastronomia tapajós, outra isso que essa senhora está fazendo aqui é um incentivo para o Brasil inteiro em produtos que nós não utilizamos, que alguns utilizam tão pouco, que as pessoas poderiam transformar em um produto tão grande e nós deixamos de lado. Essa experiência aqui é um incentivo muito grande para qualquer Chef passar a prestar atenção em outros produtos, não só aqui, como em outras regiões, isso aqui é um exemplo pra mim e para várias pessoas que estão aqui, de poder usar aquilo que está ao nosso alcance. Na cidade de Tiradentes iniciamos um festival onde não tinha ninguém no início, mas você vê hoje, vinte e dois anos depois a cidade se transformou, virou uma cidade repleta de turistas, por consta da gastronomia que leva muita gente até lá e aqui em Santarém, eu vejo que vai ser a mesma coisa, o futuro da cidade está aí, pela beleza e pela gastronomia", ressaltou.
"Estamos muito contentes em ver como os Chefs são impactados a cada trabalho das comunidades que apresentamos a eles. Ficaram surpresos com o trabalho inovador que esta família conseguiu desenvolver aqui na região do Jari com o cultivo e a produção de derivados da Vitória-Régia. Um trabalho de sustentabilidade e inovação, que é muito visitado por pesquisadores e turistas, e esse é um dos objetivos do Cozinha Tapajós mostrar que é viável inovar sem agredir o meio ambiente" foi o que destacou, o idealizador do Projeto Cozinha Tapajós, Saulo Jennings.
O paulista, Ivan Bilia com o palmito de Vitória-RégiaO paulista, Ivan Bilia, também ficou impressionado. "Nunca imaginei que da Vitória-Régia poderiam tirar tantos derivados. Sabemos da existência da planta, mas que poderíamos produzir produtos tão bons é um conhecimento novo. Fiquei sabendo desse trabalho, no começo desse ano, quando o meu chefe veio para Santarém, e conheceu essa produção e levou para a gente conhecer, e isso não sabia, nem imaginava e sabemos que tem muita coisa que ainda não conhecemos, mas o Cozinha Tapajós está nos possibilitando isso", frizou.
Para o secretário de Turismo, Diego Pinho, a visita na comunidade mostrou a grande potencialidade que as comunidades têm para o desenvolvimento da atividade turística do município, "Observamos aqui mais um exemplo, de como o turismo é importante na vida das pessoas, principalmente para quem tem iniciativas como esta, que recebe visitante e turistas o ano todo, que vem conhecer as belezas naturais e tem a oportunidade de provar sabores diferenciados dos produtos derivados do cultivo da Vitória-régia, isso é surpreendente, e iniciativas como estas contribuem para fortalecer o nosso turismo, através desses novos elementos que diferenciam a gastronomia do Tapajós, das de outras regiões" finalizou.Senhora Dulcicléia Oliveira preparando os derivados da Vitória-Régia
Após a visita na comunidade de Alto Jarí, a equipe parou na comunidade de Jarí do Socorro para o Almoço à base de galinha caipira e peixe assado. A programação segue com Abertura Oficial do Festival Gastronômico "Cozinha Tapajós", com as seguintes atividades:
Dia: 07 de junho de 2019 - (sexta – feira)
19H - ABERTURA OFICIAL DO EVENTO AO PUBLICO (Alter do Chão).
Local: Praça 07 de setembro
Apresentação musical e abertura oficial
AULAS SHOW - CADA AULA 40 MINUTOS.
1 – Paulo Yoller
2 – Rodolfo Mayer
3 – Flávio Xapuri
Encerramento com apresentações artísticas
Dia: 08 de junho de 2019 – (sábado)
9h - Saída da Pousada Vila Alter
9h30 – Imersão na comunidade de Aramanaí
10h – Treinamento no Restaurante da Dona Socorro.
12h30 – 13h30 - ALMOÇO NO ARAMANAI
14h30 às 18h30 – Pré Preparo das Aulas show
Local: Praça 07 de setembro
Inicio: 19h
AULAS SHOW - CADA AULA 40 MINUTOS.
1 – Ivo Faria
2 – Dani Dahoui
Encerramento com apresentações artísticas