A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu na tarde de sexta-feira (01), um treinamento para as equipes que fazem parte da Estratégia Saúde da Família (ESF), matriciadas pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), da Semsa.
Com o tema 'Depressão e Violência Contra a Mulher', o evento aconteceu no mini-auditório do Instituto Esperança de Ensino Superior (Iespes) e contou com a participação de cerca de 70 profissionais da área da saúde, como enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde (ACS's), técnicos de enfermagem e médicos. O objetivo é capacitar os profissionais que atuam nas ESF do município, no sentido de identificar e trabalhar com maior propriedade e de forma eficaz na prevenção desses casos.
A palestrante foi a psicóloga do Nasf, Angélica Brandão, que deu instruções sobre como identificar e tratar os sinais e sintomas da depressão, além de falar sobre a violência contra a mulher. Segundo ela, "esses são temas que estão se tornando cada vez mais comuns no dia-a-dia das famílias santarenas e nós, profissionais da saúde, precisamos saber identificar e também lidar com essas situações", explicou a psicóloga.
Implantado em 1º de junho de 2017 em Santarém, o Nasf conta com 9 equipes, que atendem em 5 Unidades Básicas de Saúde (UBS's), assim distribuídas: uma (01) equipe na UBS Interventoria, duas (02) na UBS Diamantino, três (03) na UBS Floresta, duas (02) na UBS Nova República e uma (01) na UBS Vitória Régia. As equipes da ESF em Santarém são compostas por ACS's, enfermeiros, médicos, odontólogos, técnicos em enfermagem e técnicos em saúde bucal.
O coordenador da ESF e do Nasf da Semsa, enfermeiro Márlon Marinho, explicou que o trabalho das equipes é feito de forma dinâmica, ou seja, as equipes fazem visitas domiciliares, vão até as escolas, fazem encontros em barracões comunitários, dentre outros. "Trata-se de um trabalho diferenciado, de campo. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e na manutenção da saúde da comunidade. Atuando dessa forma, estabelecemos vínculos de compromisso e de co-responsabilidade com a população", salientou.
A intenção da ESF, segundo a enfermeira Dhesyca Moraes, que faz parte de uma das equipes de trabalho, é deixar de lado, de uma vez por todas, o atendimento emergencial e improvisado ao cidadão. "O modelo de ESF leva em conta o princípio de que o bem a ser preservado com a prestação dos serviços públicos deve ser a saúde e não a enfermidade", informou a enfermeira. Para ela, trata-se de um trabalho muito importante para a comunidade, pois a ESF chega como uma estratégia de reorientação do atual modelo de prestação de serviço de saúde, propondo a mudança daquele antigo modelo centrado no médico e no hospital, para um modelo novo de assistência mais eficaz e humanizado.