Com o tema "Todos contra a Hanseníase", a Prefeitura de Santarém, por meio da Divisão Técnica (DT), setor ligado à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), encerrou nesta sexta-feira (02), no auditório do Centro de Educação Profissional Esperança (Cepes) em Santarém, a programação da Campanha de Combate e Controle da Hanseníase 2018 – denominada Janeiro Roxo. A programação aconteceu de 29 de janeiro a 02 de fevereiro, em diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS's) do município.
As ações deflagradas esta semana pela Semsa, tiveram por objetivo alertar sobre sinais e sintomas da doença, estimular a procura pelos serviços de saúde e mobilizar profissionais de saúde na busca ativa de casos, a fim de obter diagnósticos precoces, tratamento e prevenção de incapacidades. A programação contou com entrega de material educativo, atendimentos médico e de enfermagem, além da avaliação de casos suspeitos da doença. As equipes fizeram ainda contatos intradomiciliares.
Enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) e Estratégia Agentes Comunitários de Saúde (EACS), realizaram capacitação para técnicos em enfermagem e agentes comunitários, nas UBS's. Através dessas palestras, os profissionais da Atenção Básica (AB) receberam capacitação para melhorar as ações de vigilância, controle, diagnóstico e atendimento ao paciente com hanseníase.
Durante o encerramento da Campanha Janeiro Roxo, a Divisão Técnica da Semsa aproveitou para divulgar os dados de Hanseníase em Santarém, de 2014 até o fechamento da campanha. Em 2014 foram registrados 70 novos casos; em 2015, foram 54 casos; em 2016, 58 novos casos; em 2017, 35 casos; e, até o fechamento da campanha, foram 3 novos casos registrados pelos profissionais da saúde, durante a campanha.
Para a coordenadora do Programa de Combate a Hanseníase da Semsa, enfermeira Tayane Matos, para se falar em uma redução de casos, é preciso avaliar ainda os dados que devem surgir nos anos de 2018 e 2019. "De qualquer forma, vamos intensificar nossa busca ativa e continuar as nossas atualizações, reforçando sempre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da doença", salientou.
Para a diretora da Divisão Técnica da Semsa, Simara Liberal, a avalição da programação do Janeiro Roxo foi bastante positiva, especialmente pela participação efetiva de enfermeiros e médicos da Atenção Básica de saúde de Santarém, que estiveram dispostos a aprimorar seus conhecimentos sobre a doença. "Isso, com certeza, nos ajuda na melhoria do atendimento, desde o diagnóstico até a cura dos pacientes", explicou. Ela ressaltou que a hanseníase é uma doença curável e seu tratamento é realizado através de medicamentos via oral. O diagnóstico e o tratamento são ofertados pelo SUS, gratuitamente, em todas unidades básicas de saúde do município.
Sobre a Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica, transmissível, que afeta sobretudo a pele e nervos periféricos, daí seu alto poder para causar incapacidades e deformidades físicas. A transmissão se dá de uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após um contato próximo e prolongado.
Seus principais sinais e sintomas são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades do corpo; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque; áreas da pele que apresentem alteração da sensibilidade e que não suam, devem ser um alerta; caroços e placas em qualquer região do corpo e diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
Geralmente, o tratamento tem a duração de seis a doze meses. Quanto mais cedo o paciente buscar ajuda médica, menor será o período de tratamento e mais rápida será a sua recuperação.