Uma blitz, alusiva à campanha "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres", foi realizada na manhã de quarta-feira (16), na Avenida Sérgio Henn, em frente a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). A ação conjunta teve participação da Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras), Centro de Referência Especializado Maria do Pará, Abrigo Estadual de Mulheres, Deam, Vara da Violência Doméstica e Promotoria de Combate à Violência Doméstica.
Mais de duzentos folders orientado sobre o que caracteriza violência contra mulher foram distribuídos aos transeuntes. O conteúdo informativo também orientava quanto aos procedimentos quando constatada a violência. Durante as abordagens, a maioria das pessoas nos ônibus e veículos ficou curiosa em saber como ajudar as vítimas.
"Nosso papel de formar uma rede de apoio com a população para por fim a violência contra mulher está sendo feito e nos sentimos gratificados com a receptividade de todos", disse a coordenadora do Centro Maria do Pará, Diany Castro.
Sobre a Campanha
A Campanha "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres" é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento. Desde sua primeira edição, em 1991, já conquistou a adesão de cerca de 160 países. Mundialmente, a Campanha se inicia em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
No Brasil, a Campanha acontece desde 2003 e, para destacar a dupla discriminação vivida pelas mulheres negras, às atividades aqui começam em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Como lembra a promotora legal popular e também integrante do Geledés - Instituto da Mulher Negra, a advogada Maria Sylvia Oliveira, "as mulheres negras são as que estão na base da pirâmide social e, por conta disso, são as maiores vítimas da violência de gênero".
No Brasil, além dos movimentos de mulheres, a Campanha dos 16 Dias de Ativismo recebe adesões institucionais, como da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, da Procuradoria da Mulher no Senado, da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, do Ministério da Justiça, do Ministério da Saúde, dos Juizados e dos Núcleos do Ministério Público e da Defensoria especializados na aplicação da Lei Maria da Penha nos Estados, entre outros.