Com objetivo de ampliar a identificação dos casos de trabalho Infantil, aproximadamente 190 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) das regiões de Planalto e Rios participaram de uma capacitação, na quarta-feira (27) e na quinta-feira (28), no auditório do Instituto Esperança de Ensino Superior (Iespes). O curso foi promovido pela Prefeitura de Santarém por meio da secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras), a equipe das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti) em parceria com o Ministério Público do Trabalho.
A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Marcela Guimarães Santana explanou sobre a interface do MPT no enfrentamento do Trabalho Infantil; a coordenadora da Aepeti Carise Pedroso explicou sobre a caracterização e tipos de trabalho infantil (causas e consequências, mitos e verdades; a assistente social da Aepeti Ágatha Flexa focou na importância do fluxograma de Atendimentos, Eixo 3 da Aepeti, a importância da parceria com os ACSs para a identificação de casos de trabalho infantil; a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdca) Roselene Andrade frisou a importância do trabalho desenvolvido pela Rede de Proteção a Crianças e adolescentes e a coordenadora da Vigilância Socioassistencial Rose Mara Ruiz destacou a importância do formulário de identificação das situações de trabalho infantil no município.
"Foi um grande passo conseguir reunir nesses dois dias todos esses agentes comunitários que desenvolvem um trabalho muito importante e estão mais próximos da população e serão nosso apoio na identificação do Trabalho Infantil. Contamos com excelentes capacitadores como o Ministério Público do Trabalho e a nossa equipe da Aepeti que pôde tirar todas as dúvidas, esclarecer quais os mitos e verdades relacionados ao trabalho infantil. Finalizamos na certeza que poderemos contar em breve com dados mais precisos relacionados ao tema", observou Carise Pedroso, coordenadora da Aepeti.
A procuradora do MPT Marcela Guimarães Santana destacou que o trabalho infantil ainda é uma chaga social que acomete a sociedade brasileira. O Ministério Público assim como outras entidades parceiras da rede de proteção da criança e do adolescente tem uma crescente preocupação em combatê-la e erradicá-la o mais rápido possível. "Os agentes de saúde emergem nesse cenário como importantes atores, parceiros no combate ao trabalho infantil, especialmente no que tange ao trabalho infantil doméstico considerando que eles acontecem dentro das residências, entre paredes e esse acesso pelos órgãos de fiscalização é bastante dificultado. Os agentes de saúde acabam tendo essa facilitação do contato com as famílias podem realizar não apenas as tarefas de conscientização, como também denuncias de modo a obtermos estatísticas mais precisas acerca do trabalho infantil e assim conseguir elaborar formas mais eficientes de combatê-lo", pontuou Marcela.
"Pra mim estar aqui é uma valorização pro meu trabalho e me sinto assegurado pelo Ministério Público do Trabalho, a Prefeitura e os órgãos que estão nos assessorando. A partir de hoje comecei a despertar para algo diferente o que não conseguia identificar as formas de trabalho infantil, com essa instrução irá edificar o nosso conhecimento e a nossa parceria", reconheceu o agente comunitário de saúde, Joacir Mota Sussuarana.
Aepeti lançou no mês de fevereiro a campanha anual "Diga NÃO ao Trabalho Infantil. Diga SIM ao futuro com Aprendizagem". Nesta sexta-feira (1), a equipe estará na vila balneária de Alter do Chão fixando cartazes da campanha.
A próxima capacitação, prevista para o dia 18 de março, será para os agentes de saúde da zona urbana.
Saiba mais: