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Rede municipal poderá ter o pescado incluído na alimentação escolar dos alunos já no próximo ano Autor: Ronnie Dantas/Ascom Semed

Rede municipal poderá ter o pescado incluído na alimentação escolar dos alunos já no próximo ano

Ronnie Dantas
Publicado em - Atualizado
Parceria entre Secretaria Municipal de Educação e Colônia de Pescadores vai viabilizar o peixe no cardápio dos estudantes

Uma parceria firmada entre a Prefeitura de Santarém por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Colônia de Pescadores Z-20 quer incluir o pescado no cardápio da alimentação escolar dos alunos da rede pública municipal já a partir do próximo ano.

As conversas entre as partes interessadas já iniciaram. Uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (18) na sede da Z-20 com a presença de diretores da Colônia, vereador Jandeilson Pereira, Presidente da Associação Movimento dos Pescadores do Baixo Amazonas (Mopebam) Manoel Pinheiro e a Coordenadora do Núcleo Técnico de Alimentação Escolar da Semed Vanda Maia tratou sobre o assunto.

O estímulo à pesca artesanal deverá aumentar ainda o percentual de compras da agricultura familiar dentro do município, fortalecer a cadeia do pescado local e melhorar a qualidade da alimentação escolar dos alunos.

Esse diálogo inicial entre Semed e Colônia Z-20 objetiva a busca de informações e conhecimentos sobre a dinâmica de funcionamento do pescado no município. Quais são as espécies, onde encontra-las, quando estarão disponíveis para mercado levando em consideração o período do Defeso, são algumas das questões levantadas e é a partir dessas informações técnicas a serem repassadas pela Colônia dos Pescadores e 20, detentora de conhecimentos sobre o assunto, que servirão de base para o Núcleo de Alimentação Escolar da Semed preparar tanto a chamada pública quanto o planejamento de compra do produto. 

“A nossa região é muito rica em pescado e a gente precisa se adequar para que esses pescadores possam receber esse benefício. Essa ligação entre prefeitura e colônia vai dar muito certo porque temos demanda e o peixe é uma alimentação muito saudável para as crianças, fortalece o crescimento educacional, isso é muito importante pra nossa categoria”, frisou Aldeci Cardoso, um dos diretores da Z-20.

Segundo ele, a Z-20 conta hoje com aproximadamente 7 mil pescadores cadastrados na entidade. Destes, cerca de 5.200 estão ativos com RGP (registro profissional de pescador).

Para o Presidente do Mopebam, Manoel Pinheiro a inclusão do pescado significa a valorização da agricultura familiar local.

“Esse é um momento de valorização da agricultura familiar. Essa questão do peixe vai ajudar na economia de nossas famílias, vai valorizar o produto. É um projeto excelente, nós, como representante dos pescadores, vemos isso com bons olhos e eu creio que isso aqui vai ser estendido a todos os municípios, essa notícia com certeza vai fortalecer nossas organizações de pesca, e eu considero isso muito positivo esse projeto, é uma experiência inovadora e a gente vai tentar entender melhor, assimilar, para colocar em prática”, reforçou.

O pescado deve ser incluído na alimentação escolar por ser fonte de alta qualidade, vitaminas (como a D e do complexo B) e minerais essenciais (como ferro, cálcio, fosforo e iodo). Além disso, contém ácidos graxos ômega-3, importantes para o desenvolvimento cerebral e a saúde
cardiovascular das crianças.

O vereador Janderilson Pereira, representante da classe, se disse otimista com o projeto.

“É um projeto importante num futuro próximo teremos peixe na alimentação escolar dos alunos. A Semed, com determinação do prefeito Zé Maria Tapajós, veio discutir com a classe o melhor pescado e qual período ele é melhor capturado, isso é muito importante, é o diálogo do município com a classe, com a categoria e se Deus quiser a gente vai chegar num acordo fazendo com que os alunos possam ter peixe de qualidade, da nossa região, na mesa pelo menos vez por semana”.

A Coordenadora do Núcleo de Alimentação Escolar (NAE) da Semed, Vanda Maia, comentou sobre a parceria com a Z-20 e detalhou como se dará o processo de venda do pescado para a Semed.

“Nós iniciamos hoje esse diálogo com a Colônia de Pescadores z-20 para termos o mapeamento das espécies, o período em que esse peixe poderá ser disponibilizado para atender os cardápios, de acordo com cada região. É importante ressaltar que nós estamos ainda no início de toda essa construção e algumas dúvidas certamente surgirão no decorrer do processo. Estamos fazendo o levantamento de todo o quantitativo que será necessário. Ao longo dos 200 dias letivos pelo menos uma vez na semana o pescado será inserido no cardápio. Neste primeiro momento, é pensamento da gestão municipal iniciarmos o projeto pela região de rios por meio de um chamamento público e gradativamente as demais regiões serão contempladas”.

Conforme Vanda, por se tratar de uma iniciativa pioneira, requer um planejamento especial. Ela confirmou que a inclusão do pescado no cardápio deverá se dará por meio de chamamento público em substituição aos produtos enlatados, inicialmente para as escolas da região de rios.

Como vender, quando vender, qual o limite de venda (valor) e tempo de contrato são assuntos que deverão ser abordados nos próximos encontros entre Semed e Z-20. A previsão é que o projeto possa iniciar no início do ano que vem.

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