1. Página Inicial
  2. Notícias
  3. Cultura
  4. Pesquisa de antropólogo santareno embasa enredo da Escola Grande Rio sobre cultura Paraense
Pesquisa de antropólogo santareno embasa enredo da Escola Grande Rio sobre cultura Paraense Autor: Vanessa Barros

Pesquisa de antropólogo santareno embasa enredo da Escola Grande Rio sobre cultura Paraense

Weldon Luciano
Publicado em - Atualizado
Anderson Pereira, formado pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), é estudioso do tema há mais de 10 anos.  

Acadêmicos do Grande Rio apresenta no Carnaval de 2025 o enredo "Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós", celebrando a rica cultura e misticismo do estado do Pará.  Para desenvolver o tema, a escola buscou inspiração profunda nas tradições culturais do Pará, através de pesquisas desenvolvidas por estudiosos locais. Um deles foi o antropólogo Anderson Pereira, formado pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), que é estudioso do tema há mais de 10 anos.  

 

"Minha pesquisa começou ainda na graduação, quando iniciei um estudo sobre os tambores na região de Santarém. Esse estudo foi se desdobrando para minha dissertação de mestrado, aprofundando-se na cultura amazônica, nas lendas e nas memórias que compõem a identidade do povo da região”.

 

Com mais de 3 mil integrantes e seis alegorias, a escola vai destacar elementos da encantaria paraense, com destaque para as três princesas turcas- Mariana, Herondina e Jarina — figuras cultuadas no Tambor de Mina, na pajelança cabocla e no carimbó.

 

A apresentação pretende fazer uma imersão na cultura paraense, evidenciando mitos, lendas e a musicalidade típica da região, especialmente através dos tambores de curimbó, que deram o ritmo ao desfile. A escola buscou transportar o público para as águas misteriosas do Pará, exaltando a riqueza cultural e natural do estado.

 

 “A escola entrou em contato comigo por meio de outra pesquisadora para entender melhor a parte acadêmica e mapear referências artísticas. Nesse processo, envolvemos nomes importantes, como Chico Malta e Conceição Moraes, que são referências dentro dessa tradição. O nosso trabalho foi gerar material, informação e conhecimento para que a escola pudesse construir o enredo e valorizar a cultura paraense. Isso gera um sentimento muito forte de pertencimento e realização, porque estamos falando da nossa identidade, daquilo que nos forma enquanto povo amazônico”.

 

Para Anderson, o trabalho de pesquisa é fundamental para compartilhar histórias e vivências. Quando uma comunidade abre as portas para um pesquisador, há um pacto de confiança e responsabilidade para retratar o conhecimento com carinho e seriedade.

 

“No final das contas, esse trabalho não é só meu. É um trabalho coletivo, de uma comunidade, de um território, de um estado, de uma região cheia de histórias e saberes. Fico feliz de fazer parte desse momento e ver essa força cultural sendo representada com tanta beleza e impacto."

 

Pesquisa e atuação na Semc

 

Doutor, professor e artista plástico, Anderson atualmente é diretor do Centro Cultural João Fona, ligado à Secretaria Municipal de Cultura, integrando o corpo técnico da pasta que vem atuando diversos projetos como proteção ao patrimônio material e imaterial e diversas manifestações artísticas e culturais de Santarém, entre elas o Circuito Tapajônico de Carnaval, que vem propondo um novo formato para folia na cidade.

Anderson Pereira com a secretária de cultura, Priscila Castro e servidores do Centro Cultural João Fona

Junto com Renato Sussuara, Anderson Pereira foi um dos idealizadores da Exposição Memórias do Carnaval em Santarém, que está disponível para o público até o dia 18 de março. A exposição conta com adereços, fantasias e elementos que foram recriados por artesãos e pessoas que fizeram parte desse período marcado pelas escolas de samba no carnaval da cidade.  

 

A atração principal é uma réplica de um carro alegórico, que retrata o icônico enredo da Escola Ases do Samba de 1976, uma das primeiras agremiações carnavalescas. Essa instalação traz elementos e cores que remetem aos antigos carnavais, com uma decoração que levará o público visitante às memórias dos majestosos desfiles.

 

O público pode interagir com a obra, para tirar fotos e registrar mais um momento saudoso que a instalação proporciona. A obra, fruto da parceria entre Laurimar Leal e Renato Sussuarana, retrata o icônico enredo da Escola Ases do Samba de 1976. Através da memória e do talento, a arte saiu das fotografias e mais uma vez virou realidade.

 

 

Outras Notícias

Política de Privacidade

Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nossos serviços, você está ciente dessa funcionalidade. Consulte nossa Política de Privacidade.