Após nove dias, encerrou ontem, domingo, 17, a 34ª Mostra de Teatro de Santarém, que promoveu a arte cênica no contexto democrático em várias linguagens artísticas, culturais e educacionais. O último dia de programação contou sarau cultural e homenagem à a artista santarena Elizângila Dezincourt.
A noite iniciou com a produção audiovisual do Coletivo Mucajá com o documentário Samaúma Sagrada, que levou o público presente à reflexão da real vivência sobre as mudanças climáticas, o zelo pela biodiversidade e a memória dos nativos.
A samaúma é uma árvore gigante da Amazônia, que pode chegar a 70 metros de altura e viver mais de 800 anos. A copa é maior que as demais árvores, servindo de abrigo para pássaros e insetos. O município de Santarém é agraciado pela existência dessa espécie nativa.
Na sequência, o destaque foi para a homenageada da Mostra 2024, que enalteceu a representatividade do papel da mulher nas artes cênicas. No palco, vários artistas com o uso da técnica lúdica da encenação do fantoche, das peças teatrais, poesia e cantoria proporcionaram o relato artístico da trajetória da santarena Elizangela Dezincourt.
“A realização geral da mostra é promovida pela Associação Cultural dos Artistas, Produtores e Técnicos das Artes Cênicas do Tapajós, a ATAS. Mas as extensões da área urbana para outras lugares do município santareno, como a comunidade quilombola, a vila de Alter do Chão e a cidade de Belterra impulsionaram o trabalho coletivo. Essa coletividade rendeu saldo positivo quanto à cultura democrática, quando executamos diversas e ricas atividades em vários lugares", avaliou o produtor executivo da 34ª Mostra de Teatro, Mourrambert Flexa.
A Prefeitura de Santarém/Secretaria Municipal de Cultura (Semc) foi um dos apoiadores do evento, que recebeu na Casa da Cultura, no espaço externo, no último dia 08, a Confraria Cultural na abertura oficial e no auditório, com capacidade de público com 250 poltronas fixas e 50 cadeiras extras, foram apresentados os espetáculos e o encerramento.