Máscaras são doadas no entorno do Porto dos Milagres, no bairro Uruará. Foto-Bruno RibeiroCom objetivo de ajudar famílias cuja situação de vulnerabilidade social foi agravada ainda mais pela pandemia do novo Coronavírus e pelas necessárias medidas de isolamento social, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras) e a equipe das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI), distribuiu cestas básicas, máscaras e kit educacionais para famílias acompanhadas pelo Aepeti em situação de trabalho infantil na área do Porto dos Milagres, no bairro Uruará.
Um das parcerias foi a do Ministério Público do Trabalho (MPT), que destinou recursos, na ordem de R$ 50 mil para aquisição de cestas básicas e confecção de máscaras.
De acordo com a coordenadora do Aepeti, Carise Pedroso, seguindo, também, orientações da procuradora do MPT, Elizabeth Pacheco, a destinação foi dividida em três montantes: R$ 25 mil custearam as compras das cestas básicas que foram distribuídas para 150 famílias acompanhadas pelo Aepeti em situação de trabalho infantil; no final do mês será entregue para 100 famílias de trabalhadores do aterro Perema; R$ 5 mil foi utilizado compra de 1.500 máscaras distribuídas para crianças e adultos e R$ 20 mil serão repassados para a Seara para a produção das mães costureiras de máscaras para posterior distribuição.
A outra parceria foi com o banco Santander, por meio do projeto Amigo de Valor que possibilitou a entrega de 60 kits educacionais para crianças e adolescentes acompanhadas pelo Projeto Transformar Vidas na área acima citada.
Crianças recebem kits educacionais. Foto-Bruno Ribeiro
“Somos gratos a todo apoio recebido nesse momento de pandemia. Foram destinações de recursos importantes, pois além de contribuir com o sustento e proteção dessas famílias, as crianças também terão a possibilidade de conhecer de forma lúdica um pouco mais sobre a pandemia e ainda disseminar as informações para os amigos e familiares", observou Celsa Brito, secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social.
De acordo com a procuradora do MPT, Elisabeth Pacheco, "muitas famílias estão passando por situação de penúria decorrente das limitações impostas pelo isolamento social. Por esse motivo, a reversão de valores advindo de compensação por danos morais, fruto de Termo de Ajustamento de Conduta [TAC] firmado pela instituição com uma empresa da região, visou a entrega de dignidade a essas famílias, por meio de cestas básicas e máscaras de proteção".
A coordenadora do Aepeti, Carise Pedroso, que estava acompanhada da sua equipe composta pela pedagoga Marinete Farias e a assistente social Agatha Flexa destacou que foi mais uma vez teve a oportunidade de ir até ao bairro e ajudar as famílias acompanhadas.
“Nossa gratidão aos nossos parceiros só aumenta, ainda mais nessa época difícil. Durante a distribuição ouvimos algumas histórias de pessoas que já estavam passando por dificuldades devido não ter trabalho diante da situação de pandemia. A sensação de ter ajudado nesse momento não tem preço", disse.
O pescador Claudio Coelho Ferreira, 65 anos, agradeceu a entrega da máscara. “Será mais uma para eu utilizar. Desde o início desse vírus eu e minha família composta por 4 pessoas estamos sempre nos cuidando".
“Estamos passando por um momento difícil, sou autônomo, minha família são 7 filhos meus e três da minha esposa, eu nem imaginava receber uma cesta dessa, ela veio na hora certa", contou o autônomo Larlisson Rodrigues Mota.
A moradora do bairro Uruará Shirlene Souza Rego, mãe de 7 filhos na faixa etária de 14 anos há 7 meses foi uma das beneficiadas com o kit educacional para seus filhos e também recebeu a cesta com as máscaras.
Shirlene Souza Rego, mãe de sete filhos, agradece o material recebido. Foto-Ascom Semtras
“Participar do projeto é muito bom. Faço vendas nas casas, mas no momento está difícil. Receber esse material é muito bom, pois eles irão saber mais sobre esse vírus que está acontecendo no mundo inteiro", relata.