Marília Cavalcante Pessoa, de 50 anos e costureira deste os 19 anos, demonstra preocupação com o avanço dos casos positivos no BrasilMesmo com todo o alvoroço que a população mundial passa, em momento de pandemia do coronavírus, em Santarém, no oeste paraense, a senhora Marília Cavalcante Pessoa, de 50 anos e costureira deste os 19 anos, demonstra preocupação com o avanço dos casos positivos no Brasil, principalmente com familiares que trabalham na área de saúde. Mesmo sem casos positivos a profissional iniciou na última quinta-feira (19), doações de máscaras em tecido, para profissionais da Saúde de seu círculo de convívio.
Marília explicou como surgiu a ideia. “Minha irmã é Agente de Saúde da interventorIa, também é paciente oncológica em final de tratamento, e está no grupo de risco. Vi essa escassez de máscara e resolvi fazer, para a proteção dela e fiz a primeira. Tenho amigos que tem filhos, que também fazem tratamento oncológico e comecei a fazer para essas pessoas. Não sei como essa história vazou, pois nem tive mais tempo para outras coisas”, ressaltou.
“Como eu tenho muito tecido, tenho muitos retalhos 100% algodão, que é o recomendado, minha ideia inicial é a doação aos profissionais de saúde, que estão se expondo aos riscos do coronavirus. Já produzi mais de 100 máscaras e trabalho sozinha, tenho meu trabalho com costura e neste momento que estão sendo suspensos principalmente os eventos, tive a iniciativa de trabalhar nessa produção de máscaras. Já avisei aos meus clientes que essas duas semanas vou me dedicar para a confecção dessas máscaras e incentivo outras profissionais a tomarem a mesma atitude”, continuou.
De acordo com a pesquisa da profissional, a recomendação é que a máscara seja trocada a cada duas horas. “Fiz pesquisa sobre o assunto, com meus familiares da área da saúde e tem regiões que estão usando esse tipo de máscara em centro cirúrgico. Os procedimentos são de lavagem com água e sabão, passa no ferro bem quente, pois a temperatura fora do organismo humano, a alta temperatura mata o vírus, e o ferro de passar tem alta temperatura. E por medidas de mais precaução as máscaras podem ser fervidas, pois ela é 100% algodão que aguenta altas temperaturas”, concluiu.
A costureira, que segue as recomendações de isolamento social, afirma que está adotando a medida, pois em sua casa tem uma idosa de 80 anos, sua mãe, que precisa de cuidados, pois está no grupo de risco.