Representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), da Prefeitura de Santarém; da Câmara de Vereadores de Santarém; do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e da 1ª Companhia de Policiamento Ambiental de Santarém (1ª CIPAMB) reuniram-se no último sábado (25), em pauta sobre o período de espécies de pesca permitida.
A reunião ocorreu na Comunidade Boa Vista do Tapará. Desde 2016, a comunidade um acordo com comunidades do entorno que trata dos períodos de pesca permitida afim de evitar a escassez de peixes na região. No entanto, o acordo vem sendo desrespeitado e a reunião foi requerida.
Segundo Elian Silveira, representante da comunidade, esse conflito com algumas pessoas de comunidades vizinhas tem ocorrido desde 2018 aproximadamente. “Essas pessoas querem separar a área dos rios como se fossem terras para determinar que na área de rio deles eles poderiam pescar à vontade, mas não é tão simples assim, se eles pescarem demais acaba faltando pra gente e pra eles inclusive, porém eles não querem entender isso. Alguns chegaram até a nos ameaçar, por isso chamamos os órgãos públicos para tratar dessa situação” relatou Silveira.
A Secretária de Meio Ambiente, Vânia Portela, se prontificou a cuidar do caso. “Podem ter certeza que lidaremos com essas demandas que nos deram, nós organizaremos juntos com demais unidades de polícia como o CIPAMB ações de fiscalização sigilosas para podermos autuar em flagrante quem estiver desrespeitando as normas de pesca. Além disso também daremos uma advertência e entraremos em contato com as pessoas que estão causando esse problema” afirmou a secretária.
Para Arlen Lemos, chefe de fiscalização da Semma, os infratores denunciados pela comunidade poderão ser autuados por ameaça e pesca predatória, além do descumprimento do acordo de pesca feito pelas comunidades próximas. “É realmente muito perigoso quando um conflito escala para ameaças, no entanto, com a nossa intervenção, essa situação não deverá chegar a um ponto mais grave e deve se resolver mais tranquilamente. Caso os infratores insistam em desrespeitar o acordo, eles serão inevitavelmente autuados em flagrante pelas rondas sigilosas que faremos” esclareceu.
Após decididas as ações a serem tomadas, a comunidade aproveitou a oportunidade para falar também de outras demandas e os demais órgãos se prontificaram a ouvir e auxiliar no que estivesse ao alcance.