Município recebe 2º módulo de projeto que norteia ações contra o enfrentamento ao trabalho escravo. Foto-Mauro Nayan
Desde a adesão ao projeto Trabalho Escravo, Nem Pensar, em outubro de 2019, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras), vem desenvolvendo a disseminação do projeto nos equipamentos da Secretaria de Assistência Social da Proteção Social Básica (PSB) e Especial (PSE). Em Santarém, o projeto conta com parceria do Ministério Público do Trabalho (MPT).
A Prefeitura aderiu ao projeto desenvolvido pela ONG Repórter Brasil, fundado em 2004, o único programa nacional dedicado a prevenção do trabalho escravo, que tem como missão diminuir o número de trabalhadores aliciados para o trabalho escravo e submetidos a condições análogas a de escravidão nas zonas rural e urbana do território brasileiro, por meio da educação.
Mais notícias sobre o tema
A capacitação aconteceu durante dois dias (11 e 12/03), no Ministério Público do Pará, e compreendeu o 2º módulo do Projeto Escravo Nem Pensar.
Segundo o assessor do Repórter Brasil Thiago Castelo entre os assuntos discutidos: aconteceu a recapitulação e aprofundamento montagem do ciclo do trabalho escravo e quiz sobre o assunto.
"Nossa intenção é que todos os participantes sejam os multiplicadores sobre a temática levando para professores, alunos e comunidade em geral. O objetivo central foi saber o que os municípios estão fazendo sobre o tema".
Os ministrantes Thiago Castelo e Rodrigo Teruel revisitaram os conceitos, atualizaram sobre o tema e destacaram o papel da assistência social no enfrentamento do trabalho escravo ; a política pública de enfrentamento ao trabalho escravo ; proporcionaram um estudo de caso sobre como o atendimento de trabalhadores resgatados é feito hoje e ainda aconteceu a exposição de um breve histórico das inserções da temática do trabalho escravo nas políticas da assistência social; quais são as possibilidades de atuação dos profissionais da assistência social.
Participaram gestores, técnicos e educadores de Itaituba, Monte Alegre e Santarém e profissionais da assistência social de Santarém.
A secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social, Celsa Brito, destacou a importância do município receber as orientações sobre enfrentamento ao trabalho escravo.
Celsa Brito, titular da Semtras: "importante que nossos colaboradores recebam informações e estejam preparados". Foto-Mauro Nayan
"Apesar de não termos muitos registros acerca do trabalho escravo em nosso município, é importante que os nossos colaboradores estejam preparados para encaminhar essas questões que surgirem e a equipe está repassando todas essas informações muito claramente, por isso agradecemos”.
Para Celsa Brito, que vem sendo realizada a disseminação nos equipamentos, tais como os Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Em fevereiro, o tema foi levado para socialização na Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias (Caaf), ela acolhe os imigrantes venezuelanos em Santarém.
"A formação foi de suma importância para o conhecimento técnico, pois esclareceu dúvidas e trouxe uma nova etapa do programa, hoje estamos preparados para os devidos encaminhamentos dessa prática criminosa", garantiu o assistente social da CAAF e facilitador, Haroldo Gonzaga.
Poliana Braga, coordenadora do Cras Ribeirinho.
"Tivemos a oportunidade de demonstrar os quantitativos oferecidos na assistência social com o serviço do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) que nossos resultados foram ótimos”, destacou Poliana Braga coordenadora do Cras Ribeirinho.