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Prefeitura recebe equipe do Unicef sobre processo de resposta humanitária à migração de venezuelanos Autor: Desconhecido

Prefeitura recebe equipe do Unicef sobre processo de resposta humanitária à migração de venezuelanos

Agencia Santarém
Publicado em - Atualizado
Prefeitura e Unicef: parceria para melhorar serviços aos refugiados venezuelanos. Foto-Ronaldo Ferre...

Prefeitura e Unicef: parceria para melhorar serviços aos refugiados venezuelanos. Foto-Ronaldo Ferreira

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras), recebeu durante dois dias (27 e 28/02), em Santarém, o oficial de Educação e Proteção do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Belém, Angelo Damas, para dar continuidade a parceria nas ações voltadas à resposta humanitária sobre a migração venezuelana no município.

De acordo com o Unicef, Santarém é o segundo município com o maior quantidade de venezuelanos indígenas no estado. Por isso, ele, em parceria com a Prefeitura de Santarém, definiu como prioridade realizar a capacitação para os profissionais da educação, assistência social e saúde que realizam atendimento de imigrantes venezuelanos Warao na Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias (CAAF). Essa ação objetivou a uniformidade na resposta humanitária no Pará.

Aproximadamente 30 técnicos da assistência social, educação e saúde participaram da capacitação, e também Danieli Santos Nascimento, coordenadora da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), que tem ofertado serviços de saúde a crianças, adolescentes e gestantes aos refugiados seguindo as orientações do Unicef.

Entre os assuntos discutidos estavam: Unicef e os compromissos centrais para crianças em ações humanitárias; principais enfoques do trabalho de proteção; educação em emergência e a Base Nacional Curricular Comum (BNCC); efeitos psicossociais em crianças e adolescentes e primeiros auxílios psicológicos; prevenção ao assédio e ao abuso sexual; escuta de professores e profissionais da assistência social que trabalham no abrigo para imigrantes Warao e avaliação das atividades.

Angelo Damas, do Unicef: "objetivo é garantir os mesmos direitos às crianças venezuelanas". Foto-Ronaldo FerreiraAngelo Damas esteve na coordenação da oficina. Para ele, esses encontros são momentos voltados para qualificação das equipes, mas, também, são fundamentais para reflexão e troca de experiências.

"Visando padronizar procedimentos e garantir os direitos destas famílias que chegam em situação de extrema vulnerabilidade, sobretudo as crianças e adolescentes. Foi mais um momento importante de capacitação, pois o objetivo é garantir às crianças refugiadas todos os direitos que são assegurados para as crianças brasileiras".

A secretária municipal de Trabalho e Assistência Social, Celsa Brito, participou da capacitação e destacou a importância em receber o Unicef. "Recebemos do Unicef orientações pontuais sobre a proteção de crianças e adolescentes venezuelanas, o que para nós só veio contribuir para que o nosso trabalho continue avançando nesse acolhimento", observou.

De acordo com a coordenadora da CAAF, Juliana Fialho, o Unicef, desde o início do processo de acolhimento, esteve junto à Prefeitura de Santarém trazendo orientações pontuais sobre crianças e adolescentes.

"Foram dois dias de aprendizado para nossa equipe que estará a partir de agora melhor preparada para observar e orientar as situações relacionadas as crianças e adolescentes que estão em acolhimento".

Atualmente, 144 indígenas Warao se encontram na Casa de Acolhimento em Santarém, sendo 69 crianças e adolescentes.

A Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias é um equipamento da proteção social especial de alta complexidade, cujo objetivo principal é prestar acolhida ao público adulto/familiar, que esteja em vivência de situação de vulnerabilidade social. Também busca-se a inclusão desse público em ações e serviços públicos conforme preconiza a Política Nacional de Assistência Social.

Em Santarém, os serviços foram iniciados desde 28 de setembro de 2017, após a chegada de um grupo de 30 índios venezuelanos da etnia Warao. Desde então, sob a gestão da Semtras, a Casa de Acolhimento tem mantido suas instalações no bairro do Cambuquira, inicialmente estabelecida nas dependências de uma escola desativada, e atualmente na Chácara Roberto Magalhães.

 

 

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