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Prefeitura realiza homenagem pelo Dia Mundial do Refugiado Autor: Desconhecido

Prefeitura realiza homenagem pelo Dia Mundial do Refugiado

Agencia Santarém
Publicado em - Atualizado
Homenagem da PMS ao Dia Mundial do Refugiado. Foto-Agência Santarém A homenagem da Prefeitura de San...

Homenagem da PMS ao Dia Mundial do Refugiado. Foto-Agência Santarém

A homenagem da Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras); Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias (CAAF) e Centro Pop Dom Lino Vombommel é pela coragem de cada um dos refugiados que permanecem, ou já passaram por Santarém e foram atendidos em alguns dos serviços realizados pelo município.

Desde 2001, o Dia Mundial do Refugiado é celebrado em 20 de junho, a data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 20 de junho, é uma oportunidade para homenagear a coragem, a resiliência e a força de todas as mulheres, homens e crianças forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos armados, calamidades naturais e perseguições. 

"Nessa data queremos dizer que nós recebemos refugiados de várias nacionalidades. Desde setembro de 2017, estamos atendendo os venezuelanos indígenas da etnia Warao. Os acolhemos e buscamos oportunizar o melhor para que possam se fortalecer, conquistar sua autonomia e ter condição de continuar acreditando na construção de um futuro melhor”, disse a secretária municipal de Trabalho e Assistência Social, Celsa Brito.

Um desses refugiados acolhidos pelo município é a Maritza Keila Moya Moya, indígena da etnia Warao, formada em Administração de Empresas. Casada, também, com um indígena, ambos formados na mesma graduação. Mãe de duas meninas e grávida de 4 meses. Ela contou que há 10 meses veio direto da Venezuela para Santarém, para encontrar seus pais e a irmã que aqui estavam acolhidos.

Maritza Keila Moya Moya, indígena da etnia Warao, há 10 meses em Santarém. Foto-Ascom Santarém

Nascida  em Tucupita, região do Delta Amacuro na Venezuela, Maritza detalhou que fugiu da fome, deixou uma filha em sua terra natal, e que viveu momentos difíceis até chegar aqui. O dinheiro que ganhava no trabalho não dava para comprar o alimento para sua família. Estava muito difícil. Não dava para continuar vivendo em seu país.

“Conseguimos ajuda financeira para sair do nosso país. O dinheiro não foi suficiente para todo o percurso. Uma parte do caminho foi feito a pé, até chegar no Brasil. Não sabia que era tão distante chegar até Santarém. Viemos em busca de um futuro melhor. Encontrar um trabalho.”

A Prefeitura acolhe os refugiados venezuelanos indígenas da etnia Warao desde 28 de setembro de 2017 quando chegou o primeiro grupo composto por 30 pessoas. Em três anos, o município já acolheu 650 pessoas na Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias (CAAF), coordenada por Juliana Fialho.

“Nesses três anos de acolhimento, diariamente temos a oportunidade de ensinar e aprender muito com eles", ressaltou.

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