Desde novembro de 2019, a Prefeitura de Santarém está realizando a multiplicação do Programa ‘Escravo nem Pensar’. Nesta quinta-feira (13), a continuação do projeto aconteceu no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Nova República para 35 famílias usuárias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif).
A proposta do Programa ‘Escravo Nem Pensar’ é inserir educação em comunidades onde o trabalho escravo e o tráfico de pessoas ainda persistem, apresentando esses problemas como sérias violações de direitos humanos e que, portanto, devem ser coibidos e punidos.
O programa é desenvolvido pela Organização Nacional (ONG) Repórter Brasil e foi aderido pela Prefeitura de Santarém, por meio das Secretarias Municipais de Trabalho e Assistência Social (Semtras) e Educação (Semed) em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), no mês de outubro.
Cléia Carvalho Batista, de 60 anos, usuária do Cras Nova República esteve participando da palestra. “Achei essa palestra muito esclarecedora, muitas vezes convivemos, testemunhamos o trabalho escravo e não sabemos que é isso. Essa palestra abriu nossas mentes, o trabalho escravo acontece na zona rural, urbana e agora poderemos prestar mais atenção e identificar e denunciar para proteger nossos amigos da prática de trabalho escravo”. observou a usuária.
A integrante da Comissão da Pastoral da Terra Elmara Guimarães foi a multiplicadora do tema. Ela explicou sobre o processo de identificação do trabalho escravo, desenvolvendo a formação política e social para compreensão sobre a importância do enfrentamento ao trabalho escravo aonde ele existir.
Segundo a coordenadora da Proteção Social Básica Marlen Ribeiro a parceria com a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras) consiste em divulgação aos usuários dos equipamentos da assistência a fim de fortalecer a rede de proteção com a intenção de prevenção ao trabalho escravo.