Prefeito Nélio Aguiar avalia que parcerias são fundamentais para o desenvolvimento econômico de Santarém.A Prefeitura de Santarém pretende, cada vez mais, buscar e estreitar parcerias com entidades e instituições com o objetivo de eliminar gargalos que travam o desenvolvimento de setores e cadeias produtivas. De acordo com o prefeito Nélio Aguiar, que esteve presente na reunião do Grupo de Gestão Integrada para o Desenvolvimento Regional Sustentável (GGI/DRS), realizada nessa quinta-feira (04), no auditório do Banco da Amazônia, é necessário estar mais próximo de pesquisas e demais ações realizadas por instituições como a Organização Social BioTec-Amazônia, cuja atuação e seu portfólio foram apresentados ao público.
Segundo o prefeito, desde que foi criado, o GGI vem atuando, primeiramente, para desburocratizar processos, permitindo que o empreendedor possa ter maior facilidade para atuar.
Público presente ao GGI, no auditório do Banco da Amazônia."Estamos trabalhando de forma integrada, envolvendo a Secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca e outras Pastas, garantindo a infraestrutura, permitindo o licenciamento legal de forma ágil, porque a gente sabe que todo projeto do empreendedor tem o capital para investir e se investimento não sai do papel é renda e empregos que não serão gerados", pondera Nélio.
Professor Sérgio Oliveira, diretor de pesquisas da BioTec-Amazônia, apresenta o portólio da empresa e destaca o potencial de Santarém e região.Um dos pontos que atrapalham o desenvolvimento é a ausência de projetos e falta de parcerias para auxiliar o empreendedor, principalmente o pequeno. Nesse sentido, o público presente ao GGI, formado por cooperativas, universidades, a exemplo da UFOPA, ONG's, sindicatos e associações de produtores de rurais, entre outros, conheceu o trabalho que já vem sendo desenvolvido pela BioTec-Amazônia, uma Organização Social, sem fins lucrativos, capacitada pelo Governo do Estado do Pará para dar suporte às cadeias produtivas, conforme explica o doutor em Recursos Florestais pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), e diretor de Pesquisa e Inovação da Biotec-Amazônia, professor Sérgio Augusto de Oliveira Alves.
"Cada região tem a sua vocação. A vocação de Santarém é bastante diversificada. Santarém tem potencial para trabalhar na cadeia de piscicultura, da fruticultura, da mandioca. O município tem a oportunidade de trabalhar com grãos, porém você precisa dinamizar a economia e como a gente faz isso? Conhecendo o que a gente pode ofertar e sabendo quem pode comprar essa oferta e hoje está totalmente descasado. O que temos hoje? Iniciativas que não são pautadas em ciência e tecnologia. Por exemplo: vou construir uma fábrica de polpa de frutas, a partir do maracujá. Ótimo. Agora, quem vai comprar esse maracujá? Que mercado? Isso a gente não percebe. Muitos projetos começam, mas não seguem adiante por conta da falta de pensar quem vai recebê-lo", explica o diretor da BioTec.
Capital intelectual
Na avaliação do prefeito, a BioTec estabelecida no estado, a partir de um contrato com o Governo do Pará, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), vai facilitar o desenvolvimento das cadeias, a partir da utilização do chamado capital intelectual da instituição.
"Hoje, a BioTec é um braço do Governo do Estado e para nossa alegria faz parte desse processo de descentralização, o que é salutar para nosso município e nossa região. Acreditamos que com a presença da instituição vamos potencializar alguns negócios já existentes e favorecer o surgimento de outros, além de novas oportunidades. Nesse sentido, o próprio empreendedor pode vislumbrar, por meio de uma gama de importantes informações, o negócio que ele tem a partir da produção já realizada", avalia Nélio Aguiar.