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Comunitários da Ilha de São Miguel discutem melhorias para manejo do pirarucu Autor: Desconhecido

Comunitários da Ilha de São Miguel discutem melhorias para manejo do pirarucu

Agencia Santarém
Publicado em - Atualizado
“Comunidade desenvolve o manejo do pirarucu há aproximadamente 40 anos nos lagos da área”Comunitário...

“Comunidade desenvolve o manejo do pirarucu há aproximadamente 40 anos nos lagos da área”Comunitários e órgãos ambientais discutiram estratégias de preservação e melhoramento do manejo do pirarucu. Em encontro realizado na tarde deste sábado (5) na Comunidade Ilha de São Miguel, região do Rio Amazonas, comunitários e órgãos ambientais discutiram estratégias de preservação e melhoramento do manejo do pirarucu desenvolvido pelos moradores da localidade.

Participaram da reunião a Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia/Baixo Amazonas (Ipam/BAM) e Associação dos Nativos Moradores da Ilha de São Miguel (ANMISN).

Inicialmente foi ministrada palestra abordando pontos como ecologia, estratégias de manejo do pirarucu e as possibilidades de melhorias no acesso a mercados, em especial o Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Representantes da Semma, Ipam/BAM e ANMISN participaram do encontro“Aqui nas comunidades que realizam o manejo como o pirarucu, açaí, a própria agricultura familiar como hortaliças, farinha, frutas e outros, temos discutido a possibilidade de produção de oferta para o PNAE”, explicou a coordenadora do Ipam/BAM, Alcilene Cardoso.

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Também foi discutido a fiscalização participativa e o ordenamento da pesca na região. “Sabemos da pressão da pesca nos rios que banham Santarém, mas além das operações, realizamos o trabalho de orientação e a parceria fundamental com as comunidades que ajudam no monitoramento de forma voluntária, sempre atentas e informando o órgão ambiental qualquer situação de pesca predatória”, pontuou o chefe de fiscalizações da Semma, Arlen Lemos.

Como encaminhamentos da reunião, devem ser realizadas novas ações de educação ambiental com os moradores, em especial a juventude da comunidade, a fim de orientar sobre os problemas causados pela pesca ilegal, a importância socioeconômica com a continuidade do trabalho de manejo e a preservação ambiental da Ilha de São Miguel.Como encaminhamentos da reunião, devem ser realizadas novas ações de educação ambiental

Manejo em São Miguel

Ilha de São Miguel é uma das localidades que desenvolve o manejo do pirarucu há aproximadamente 40 anos. É reconhecida como área do Projeto de Assentamento Agroextrativista pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) por conta das populações tradicionais.

É um território com berçário natural ecológico, pois possui vegetação bastante conservada e lagos profundos, local excelente para a reprodução de pescado.

É formada pelo Lago do Pulsão, Lago Paranã, Lago do Arauanã, Lago Igarapezinho, Laguinho, Lago da Jararaca e o Lago da Remoada. Nesses mananciais, há toda uma mobilização social por parte dos próprios moradores quanto aos cuidados com a pesca, firmados em acordo reconhecido por sentença judicial, as Instruções Normatizavas (INs) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e portaria do extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), mas hoje representado pelo Incra. A comunidade não usa malhadeiras, fazendo somente a pesca de forma artesanal com linha de mão.

Os moradores fazem a pesca manejada do pirarucu, única espécie que comercializam, sendo que as demais servem como subsistência.

Ao longo do ano, realizam a contagem das espécies. Depois de calculado, quando chega entre junho e novembro, período permitido para a pesca do pirarucu, os moradores fazem a captura e vendem à Associação de Moradores da Ilha de São Miguel que, por sua vez, realiza a revenda para restaurantes da área urbana de Santarém.

Todo o valor é compartilhado entre a população e investido na comunidade. Anualmente estima-se que sejam vendidos entre 8 a 9 mil toneladas da carne do pirarucu.

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