Encerrou nesta sexta-feira, 28, no auditório da Escola de Artes Emir Bemerguy a semana de formação voltada aos professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Quase 200 professores das regiões de rios e planalto aprimoraram conhecimentos sobre “Manejo do comportamento no ambiente escolar” e “Adaptação Curricular na Prática”.
Esse é o primeiro ciclo de formação organizado pela Divisão de Educação Especial da secretaria municipal de Educação (Semed). O objetivo é melhorar cada vez mais o atendimento aos alunos atendidos através dos temas elaborados.
A secretária municipal de Educação Maria José Maia da Silva ressaltou que o professor/a tem que estar preparado/a para as oportunidades.
“Há 20, 30 anos atrás nós nem ouvíamos falar em professores de educação especial, tínhamos um ou outro caso [de estudantes], mas professores, não. Depois, surgiram as classes especiais e, só então, veio o processo de inclusão. Como eu sempre digo, a educação é dinâmica. Temos que ter essa busca incessante por conhecimentos, aprender cada vez mais e melhorar a cada ano, porque os desafios não param”, pontuou a titular da pasta da Educação.
Gilma Rocha, Doutora e Mestra em Educação, Especialista em Educação Especial e Inclusiva e Especialista em Análise do Comportamento tratou sobre Adaptação Curricular na Prática.
“Falar de Adaptação Curricular como proposta de inclusão é sempre um assunto muito importante, especialmente porque a realidade de rios e planalto é completamente diferente, tem uma especificidade, logo, a necessidade de uma adaptação é bem maior diante até da questão geográfica, mas também tendo em vista a questão acadêmica. O aluno necessita ter uma flexibilidade no seu desenvolvimento acadêmico para poder haver uma aprendizagem significativa”, afirmou.
Convidada para palestrar sobre ‘Orientações para Elaboração de Estudos de Caso, Síntese, PEI e PAEE’, a Professora Maiara Oliveira reforçou a importância em saber elaborar tais documentos.
“Esses documentos são importantes para que os professores possam ter um norte e também fazer um trabalho colaborativo dentro da escola, motivando o processo inclusivo, porque hoje a acessibilidade que os alunos precisam é a questão da acessibilidade ao conteúdo. Quando se faz todo o planejamento, essa criança vai ter o seu direito garantido, tendo acesso ao conteúdo, à certas atividades adaptadas dentro da sua condição específica, e o professor, enquanto profissional, deve estar respaldado com o trabalho e planejamento realizados”, completou.
O coordenador da Divisão de Educação Especial da Semed, Nonato Sousa avaliou como positivo os três dias de atividades.
“Creio que foi muito positivo esse ciclo de formação, sobretudo nos temas que trouxemos. Tivemos a oportunidade de ensinar ou de orientar os professores, de aprender e adaptar os temas com criatividade para transformar a vida de outras crianças, com muita paciência, pois o trabalho do professor é como uma obra de arte. Pode deixar marcas indeléveis na vida da criança, da família. Esse é um trabalho coletivo e esse é o grande desafio: fazer um trabalho coletivo em meio às diferenças”.
Em abril será realizada uma Formação voltada para os Mediadores e Cuidadores. São cerca de 800 atuando na rede municipal. O encontro tem data prevista para 12 de abril, no auditório da Ufopa.