Uma parceria entre o UNOPA (Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) resultou na entrega de equipamentos eletrônicos destinados aos alunos da Escola Municipal Indígena Antônio de Sousa Pedroso, em Alter do Chão. O UNOPS vem apoiando o Ministério Público do Trabalho em ações de promoção da inclusão digital no Pará.
O educandário indígena, que atende 650 alunos da pré-escola ao 9º ano do ensino fundamental e a Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi beneficiado com 24 computadores com periféricos e monitores, 24 fones de ouvido, 24 webcams, 12 filtros de linha, 2 impressoras, 24 adaptadores de wifi e um 1 projetor LCD. Com os novos equipamentos, estudantes, funcionários e pessoas da comunidade poderão participar de aulas, cursos e capacitações, entre outras atividades.
Participaram do ato de entrega a secretária municipal de Trabalho e Assistência Social, Celsa Brito, a procuradora do Trabalho, Bárbara da Silva Barracho, a coordenadora do MPT na Semed, Lidiane Maia, a gestora da escola Antonio de Sousa Pedroso, Profa. Conceição Lima, e o coordenador do Núcleo Tecnológico Municipal (NTM), professor Geremias Sousa.
A gestora da escola, Conceição Lima, destacou que a aquisição irá fortalecer o ensino-aprendizagem e a inclusão.
“É um suporte muito importante tanto para a equipe de professores, mas, principalmente, para os alunos. Hoje, nossa vida é dentro das tecnologias e nossos alunos têm essa oportunidade, esse privilégio de ter um laboratório no nível que hoje estamos recebendo”, salientou.
Para o o coordenador do NTM, Geremias Santos, a doação dos equipamentos vai contribuir de forma significativa para atendimento dos alunos.
“Vai contribuir de forma significativa para os alunos atendidos hoje por esse projeto que já funciona na escola, que é justamente a educação informática educativa, durante toda a semana. E agora, a partir do mês de setembro, será implementado o projeto de matrículas de tempo integral, que vai atender mais de 80 alunos no turno e contraturno com aulas de robótica e de digitação, então, é sem dúvida um ganho muito importante a aquisição desses novos equipamentos para a escola”, disse Geremias.
A procuradora do Trabalho, Dra. Bárbara Barracho, disse ser um momento simbólico e importante, tanto para a região quanto para o MPT.
"Agradeço o convite de estar participando desse evento tão simbólico e tão importante, tanto para a região, quanto, também, para o Ministério Público do Trabalho, que pôde proporcionar essa destinação fruto de um projeto encabeçado também pelo grupo de trabalho Povos Originários, que é um grupo de trabalho dentro do MPT e que veio apoiar realmente as comunidades ribeirinhas aqui da região, trazer esse acesso à inclusão digital, que é tão importante pensando na questão da formação desses jovens, dessas crianças, tanto para a inserção nas universidades, quanto também para a inserção futura no mercado de trabalho de maneira formal e qualificada”, justificou.
A aquisição dos equipamentos foi resultado da atuação do Subgrupo de Trabalho dos Ribeirinhos, parte do Grupo de Trabalho Povos Originários, Comunidades Tradicionais e Periféricas do MPT, que aprovou o projeto ‘TransformAção’, apresentado pela Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social. O projeto visa promover inclusão social, tecnológica e econômica de jovens ribeirinhos por meio da capacitação profissional via acesso remoto.
“Esse aqui é o nosso futuro presente, então temos que cuidar de vocês, do presente de vocês para que vocês posssam ter todas as necessidades atendidas e dessa forma sejam nosso futuro e assim, contribuir com nossa sociedade, com nossa Pérola”, destacou Celsa Brito, titular da Semtras.
Para a coordenadora do MPT nas Escolas, Lidiane Maia, a informatização é crucial para o sucesso do projeto do MPT nas escolas voltado para povos originários.
“Ela facilita o acesso a informações e recursos, promove a preservação cultural, garante a inclusão e igualdade de oportunidades, e prepara melhor os alunos para o mercado de trabalho. Com o uso eficaz da tecnologia, é possível criar um ambiente educacional mais inclusivo e informativo, promovendo maior valorização e compreensão das culturas indígenas”, frisou.
Ainda conforme Lidiane, hoje o MPT está presente em 36 unidades escolares atendendo 5.104 alunos com alcance das escolas das regiões planalto, rios e urbana.