Autor:
Ascom/Semed
Explorar a matemática na perspectiva interdisciplinar a partir da observação dos fenômenos luminosos na natureza é o objetivo central da Feira do Conhecimento desse ano, apresentado nesta quinta-feira,22, pelos alunos da Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, no bairro Aeroporto Velho.
Desenvolver a Alfabetização científica no nível infantil e fundamental, estimular o pensamento criativo favorecendo a aprendizagem criativa, incentivar o aprender a aprender e o aprender fazendo e colaborar para o ensino interdisciplinar são alguns dos objetivos específicos do projeto Matematicando, cujo tema é “Luz, Ciência, Arte e Contemplação”.
A Coordenadora do Projeto, Professora Elielma Nascimento, explicou que a Feira do Conhecimento é baseada na cultura maker para transformar o conhecimento em luz para os alunos, desde o Pré até o 9º ano.
“Com o tema principal “Luz, ciência, Arte e Contemplação”, os alunos observaram a interação da luz com o meio e o espaço, fizeram questionamentos, pesquisas, e agora apresentam os resultados dos seus aprendizados, que são demonstrados através de projetos, de maquetes, de apresentações, de arte, de fotografia, com várias linguagens sobre os conhecimentos da luz. Foram mais ou menos dois meses de preparação, desde o processo de observação, de organização das ideias, da definição do que vai ser apresentado e hoje é o dia de culminância”, relatou a coordenadora Elielma.
Sobre a cultura Maker, citada pela coordenadora, está intimamente relacionada à Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP). Trata-se de um movimento que vem ganhando destaque nas últimas décadas, promovendo uma abordagem hands-on (mão na massa) no processo educacional. Este método de ensino se fundamenta na ideia de que os alunos aprendem de maneira mais eficaz quando estão ativamente envolvidos na construção de projetos práticos. Vários teóricos e educadores têm explorado as bases conceituais desse movimento, destacando seus benefícios e implicações para o ensino e a aprendizagem.
“A luz com o meio, a refração, a reflexão, a dispersão, a absorção da luz, todas elas falando em linguagem científica, mas adequada a cada nível de ensino”, completou Elielma.
A robótica é outro importante projeto dentro desse processo. Aproveitando o tema, os alunos da turma 603, do professor Paulo Rogério, desenvolveram um protótipo de robô que trabalha com sensores, captação e reconhecimento de luz. O LEGO NXT 2.0 é capaz de seguir uma linha escura e reagir à luz detectada durante o percurso, promovendo uma interação entre movimento, percepção luminosa e expressão visual com papéis coloridos.
Outro trabalho apresentado foi sobre os vitrais góticos. Artur Vasconcelos Bezerra, do 7º ano, turma 702, explicou sobre a origem dos vitrais.
“Esses vitrais góticos foram criados na era medieval, no século V a XV. Foram feitos para iluminar igrejas e podem ter um formato oblíquo ou geométrico. Esses que nós fizemos foram feitos com papel color set preto e celofane colorido. Naquela época, os vitrais eram feitos com vidros coloridos e chumbo”, acrescentou Artur.
“A nossa Feira do Conhecimento esse ano trata sobre a importância da luz na vida diária dos nossos alunos, os benefícios que ela traz, a importância do desenvolvimento dela [luz] e os benefícios que esse aprendizado traz para a escola em termos de conceito dos alunos. Para a escola, em termos de conceito, os alunos pesquisando, procurando esse conhecimento, melhor ainda, construindo o conhecimento em cima daquilo que eles já pesquisaram, e saber a importância da luz no dia a dia deles”, destacou a gestora Maria do Carmo.
A programação ocorre durante todo o dia. Amanhã, sexta-feira, os melhores trabalhos serão premiados de acordo com cada turno e projeto. A premiação contará com a participação de avaliadores externos, como a turma de “Pibidianos” da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), alunos do curso de Licenciatura que fazem estágio em escolas públicas pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID).
