A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap), via Coordenadoria de Incentivo a Produção Familiar (Ciprof) e em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), começa a executar um projeto visando incrementar a produção de açaí no município. Um grupo de 100 agricultores da região do Lago Grande, Eixo Forte, Planalto Curua-Úna e BB-163, irão receber nesta quarta-feira, 7, no Parque da Cidade, 12 mil mudas da nova variedade de açaí. Denominada "Cultivar de Açaí BRS Pai d’Égua" a variedade garante extrema qualidade e alta produtividade do cultivo.
Precocidade, extrema qualidade, alta produtividade e rendimento. Essas são as principais vantagens da variedade do fruto, descoberta por pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Oriental), em 2019. A nova variedade, diferentemente do fruto tradicional, é irrigada em terra firme e vai atender uma demanda antiga dos produtores rurais de Santarém: produção o ano inteiro, sem entressafra.
As mudas foram preparadas por técnicos da Prefeitura, na estufa do Parque da Cidade. O objetivo é estimular a agricultura familiar, gerando emprego e renda de maneira sustentável.
Ao longo deste ano, outros produtores também serão beneficiados com a distribuição das mudas. Além disso, receberão assistência técnica, mecanização da área a ser plantada e capacitação referentes ao plantio.
Sobre a cultivar
A "BRS Pai d’Égua" é resultado da pesquisa, com melhoramento genético, do açaizeiro, que apresenta duas características principais: produção na entressafra e frutos menores. Durante cinco safras, a pesquisa avaliou centenas de materiais de açaízeiro, no campo experimental da Embrapa Amazônia Oriental em Tomé-Açu, no Nordeste Paraense.
Os principais diferenciais da "cultivar" são; a redução da sazonalidade, com uma distribuição bem equilibrada da produção anual, produz 46% no período da entressafra (de janeiro a junho) e 54% na safra (de julho a dezembro); o maior rendimento da polpa, já que os frutos menores, rendem 30% mais que os tradicionais; a produção precoce, já que tem a primeira colheita aos três anos e meio, contraponto os materiais tradicionais que iniciam no quinto ano.
Sugestão de Entrevistados:
Bruno Costa - Secretário de Agricultura e Pesca
Silvia Rebelo - Coordenadora de Agricultura familiar
Agricultores