Celebrado na segunda quinta-feira de março, o Dia Mundial do Rim tem como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da saúde renal e o impacto das doenças renais. No Brasil, esse dia ganha relevância, pois as doenças renais, especialmente as crônicas, têm se mostrado uma preocupação crescente no sistema de saúde pública.
E a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) coordena uma campanha com objetivo de disseminar informações sobre as doenças renais, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. O tema da mobilização, em 2025, é Seus rins estão ok? Faça exame de creatinina para saber.
De acordo com dados recentes da SBN, cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem de alguma forma de doença renal crônica (DRC). Essa condição, que atinge principalmente pessoas com mais de 60 anos, está relacionada a fatores como hipertensão, diabetes e histórico familiar de doenças renais.
O secretário de Saúde, Everaldo Martins Filho, que é nefrologista, afirma que o Dia Mundial do Rim reforça a importância de práticas preventivas.
"Como a realização de exames de rotina para detectar precocemente doenças renais e evitar complicações futuras. Para isso, é crucial a conscientização sobre a saúde renal e a mudança de hábitos, principalmente para aqueles que possuem fatores de risco, como hipertensão e diabetes".
As causas mais comuns das doenças renais incluem:
- Hipertensão Arterial: A pressão alta é uma das principais causas de danos aos rins, levando a lesões nos vasos sanguíneos renais e prejudicando sua função.
- Diabetes Mellitus: A diabetes mal controlada pode causar danos aos pequenos vasos sanguíneos dos rins, dificultando a filtração de resíduos e líquidos.
- Doenças hereditárias: Como a doença renal policística, que pode levar à insuficiência renal.
- Infecções urinárias: Infecções recorrentes podem prejudicar o funcionamento dos rins a longo prazo.
- Uso inadequado de medicamentos: Certos medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios, quando usados de forma excessiva, podem danificar os rins.
Os médicos alertam que a doença renal policística pode evoluir de maneira silenciosa, muitas vezes sem sintomas evidentes, o que torna o diagnóstico precoce essencial. As complicações dessa doença podem levar a um quadro de insuficiência renal, onde os rins perdem a capacidade de filtrar adequadamente as impurezas do sangue. Neste estágio, os pacientes podem precisar de tratamento mais agressivo, como a hemodiálise ou, em casos mais graves, de um transplante renal.
Nos estágios iniciais, a mudança no estilo de vida, incluindo controle da pressão arterial, controle glicêmico, alimentação balanceada e prática regular de exercícios, pode ser eficaz na prevenção da progressão da doença.
No entanto, para casos mais avançados, é necessário recorrer a tratamentos como a diálise — que pode ser peritoneal ou hemodiálise — para realizar a filtragem dos resíduos do sangue. Esses tratamentos, embora essenciais para a sobrevivência, podem ser desgastantes e limitantes para o paciente.
Em Santarém, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante tratamento para pacientes com insuficiência renal que precisam de hemodiálise. O Serviço de Nefrologia do Oeste do Pará gerenciado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), fica localizado na Avenida Barão do Rio Branco, anexo ao Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Soleto (HMS), além desse, o Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (HRBA), também, atende a pacientes que sofrem com a perda de função dos rins, e precisam do serviço.

“A infraestrutura no serviço de hemodiálise do Hospital Municipal de Santarém e a qualidade do atendimento são um grande avanço para a região, reduzindo a necessidade de deslocamento para outras cidades e proporcionando um atendimento mais acessível e próximo. A unidade de hemodiálise tem sido fundamental para aliviar o sofrimento de muitos pacientes, que podem realizar seu tratamento de forma mais conveniente e eficiente, sem sair da cidade”, afirma o secretário.
O Serviço de Nefrologia do Oeste do Pará é administrado pela empresa CEHMO (Centro de Hemodiálise Ltda) e funciona de segunda a sábado, em quatro turnos, começando as 06h até as 24h. Atualmente, 105 pacientes regulados são assistidos na unidade, além de mais 64 pacientes extras, atendidos por causa da grande demanda.