Encerrou nesta quinta-feira (16), a pesca comunitária no PAE Tapará. A pescaria, que durou cerca de uma semana, tem o objetivo de abastecer a 4ª edição da Feira do Pirarucu de Manejo do Pará.
O evento é promovido pelas famílias das comunidades de Santa Maria e Costa do Tapará e apoiado pela Prefeitura de Santarém, por meio das Secretarias Municipais de Meio Ambiente (Semma) e Agricultura e Pesca (Semap), além da Sapopema, Sebrae, Sedap/PA, Colônia de Pescadores Z-20 e TNC.
O objetivo da feira, a ser realizada no sábado (18), na Praça Barão de Santarém (São Sebastião), é apoiar e fortalecer a estratégia de conservação do pirarucu, levando peixe fresco à mesa dos santarenos e renda às comunidades manejadoras.
Nesta edição, serão comercializadas mais de 1,5 toneladas do pescado. E o lucro das vendas já tem destino: Santa Maria pretende concluir o barracão comunitário e Costa do Tapará aplicar na expansão da rede de abastecimento de água, atendendo muito mais famílias.
O manejo do pescado exige esforço maior. A comercialização só é permitida se estiver dentro do peso e tamanho adequado. Para que o pirarucu cresça e engorde, cerca de 10 grupos, com 12 a 15 homens, se revezam, todas as noites, na fiscalização dos cinco lagos da região, afastando invasores e protegendo a natureza e o produto que garante alimento e recurso aos pescadores.
"É um trabalho cansativo. Toda noite a gente se desloca da nossa casa para fiscalizar o lago, mas isso aqui está dando êxito para nossa comunidade. É daqui que a gente tira recursos para investir nas nossas comunidades”, disse Gerinaldo Ferreira, coordenador do Núcleo de Base de Costa do Tapará.
"A pesca é quando eles conseguem ver o resultado do trabalho que é feito o ano inteiro, com contagem, vigilância, acordo de pesca. É um trabalho que tem um impacto muito grande para a conservação dos recursos pesqueiros locais, e por isso, é importante prestigiar o trabalho de conservação que tem todo esse respeito”, destacou a bióloga da Sapopema, Poliane Batista.
O manejo sustentável agrega valor e garante que as futuras gerações possam usufruir desse pescado. Por isso, a fiscalização é necessária.
“Durante todo o ano, nós damos o apoio à comunidade, em especial quando há denúncias sobre invasores”, destacou Arlen Lemos, agente de fiscalização da Semma.