A campanha "Fevereiro Roxo" destaca a conscientização sobre doenças invisíveis, como a fibromialgia que é uma síndrome que causa dor generalizada e sensibilidade em músculos, ligamentos e tendões. Em Santarém, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), emite uma carteirinha de prioridade para os portadores, conforme determina a Lei Municipal nº 20.833 de 05 de dezembro de 2019.
Para solicitar o documento, é preciso comparecer ao prédio da Semsa, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, apresentando os documentos: Laudo médico - CID: M79.7, RG, CPF, cartão SUS, comprovante de residência atualizado de Santarém e uma fotografia 3 x 4 recente. A entrega é feita em até 10 dias e tem validade de cinco anos, devendo ser renovada após esse período.
A carteirinha garante acesso preferencial em filas de órgãos públicos e privados no município de Santarém, incluindo atendimentos gerais e de saúde, além de filas de pagamento. De 2022 até o presente momento já foram emitidas 230 carteiras aos portadores da doença.
O secretário de Saúde, Albino Luciano, reforça a importância da emissão das carteirinhas para os portadores da doença.
"A fibromialgia é uma condição invisível, o que frequentemente resulta em estigma e descrença. Por isso, é fundamental ir ao médico para conseguir um diagnóstico certeiro. Mesmo sem cura, dá para amenizar as dores com tratamento nas nossas UBS's. Nesse sentido, a carteirinha preferencial vem como um instrumento para não só ajudar o portador a ser atendido o mais rápido, mas, também, auxiliar para a conscientização da doença".
Sobre a doença
A fibromialgia, uma condição reumatológica, manifesta-se através de dor generalizada e sensibilidade em músculos, ligamentos e tendões. Associada a sintomas como fadiga, distúrbios do sono e problemas intestinais, é mais prevalente em mulheres entre 30 e 50 anos, afetando aproximadamente 2% da população global.
Não há uma cura definitiva para a fibromialgia, e o tratamento busca aliviar os sintomas. Devido à natureza "invisível" da doença, os portadores frequentemente enfrentam estigma e descrença, contribuindo para problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade.