Para os amantes do turismo de natureza, que buscam a tranquilidade e sossego da floresta, trilhas, rios, lagos e igarapés, e querem ficar longe da agitação dos grandes centros no feriadão de Carnaval, nós temos uma dica: é a comunidade Anã, no Rio Arapiuns.
Localizada na margem direita do Rio Arapiuns, na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós/Arapiuns, Anã é uma das comunidades que desenvolve o Turismo de Base Comunitária, bem organizada e ordenada, seguindo os padrões exigidos pelo Ministério do Turismo, como comunidade protagonizadora que, além de levar os visitantes a vivenciar o cotidiano da comunidade, faz da experiência turística uma importante fonte de geração de emprego e renda para as famílias que vivem no local.
Para se chegar a comunidade Anã, o turista pode comprar pacotes na agências de turismo ou pelo Blog Turiart – Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (https://turiarteamazonia.wordpress.com/) que elabora pacotes individuais e em grupos para a estadia na comunidade, ou o turista pode se deslocar para Anã por meio de embarcação de madeira, com motor a diesel, que faz linha para a comunidade às terças e sextas, com saída da frente do Mercadão 2.000, às 11h, com retorno às quartas e domingos às 9h, com preço da passagem de R$ 25 (vinte e cinco reais), com duração da viagem de quatro horas.
No centro da comunidade existe uma boa infraestrutura para a comodidade dos turistas. Uma hospedaria com redário com armário e armador para até 21 pessoas, com direito a café da manhã regional, no valor de R$ 50 (cinquenta reais) por pessoa. Um amplo restaurante com direito a almoço e jantar, no valor de R$ 40 (quarenta reais). As especialidades da gastronomia da comunidade são cardápios elaborados a partir da carne de gado, galinha caipira, peixes (tambaqui e tabatinga) assados na brasa, fritos e caldeirada, além do prato vegetariano. O complexo possui também seis banheiros, oito chuveiros e um espaço para redes (redário) aberto.
Anã tem mais de 4 km de praia e possui uma trilha para os turistas conhecerem de perto os trabalhos desenvolvidos pelas famílias da comunidade. Saindo do complexo central, seguindo uma trilha por dentro da comunidade, a primeira parada é para conhecer o meliponário de criação de abelhas sem ferrão, da espécie jandaira, onde os visitantes tem o contato direto com as abelhas e recebem informações sobre como é feito o manejo das abelhas. Ao final da explicação podem provar, em cuias feitas artesanalmente do caroço do tucumã, o mel extraído diretamente das caixas. Os turistas podem adquirir um frasco de mel de 150 ml, no valor de R$ 15 (quinze reais), com direito a uma cestinha produzida com as palhas do tucumã.
Seguindo por terra, ou pelo rio, pela boca do lago Anã, os turistas podem se encantar com os peixes criados em tanques rede, os turistas ainda podem alimentar os tambaquis e as tabatingas com rações que são fabricadas pelas famílias, a partir das cascas da mandioca, pó da folha da maniva, seringueira, frutos locais, dentre outros, que viram ração em flocos para a alimentação dos peixes. Para o passeio na trilha, visando a manutenção do projeto de Turismo de Base Comunitária, o turista pode contribuir com um valor máximo de R$ 35 (trinta e cinco reais).
Desde 2009 a comunidade Anã vem se tornando um modelo de sustentabilidade. Todo o trabalho dos moradores é para a própria subsistência e para o bem estar dos turistas, além de evitar e combate ao desmatamento da floresta.
Mais informações:
Maria Odila – Coordenadora do Grupo de Turismo da Comunidade (093 99158-7816)