Autor: Weldon Luciano
O Comitê de Crise para enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus em Santarém, reuniu nesta segunda-feira (18) no auditório do Centro Municipal de Informação e Educação Ambiental (CIAM) e definiu alterações no Decreto Municipal que regem as medidas para evitar a propagação da Covid-19. Entre as principais mudanças estão a volta do toque de recolher, restrições a serviços não essenciais e o fechamento de praias e balneários. O documento deve ser publicado nas próximas horas.
As medidas ocorrem após o Governo do Pará estabelecer o Baixo Amazonas na bandeira vermelha, levando em conta o índice de novos casos, de ocupação hospitalar e a proximidade com o Estado do Amazonas, por onde circulam um número muito grande de pessoas que passam por Santarém.
“Por tudo o que está acontecendo no município e tudo o que está acontecendo em Manaus, se faz necessário reduzir a circulação de pessoas. Quanto maior a circulação, consequentemente será maior a transmissão do vírus. Temos que usar máscara, lavar as mãos e evitar aglomerações”, declarou o Prefeito Nélio.
Mudanças
Nos próximos 15 dias, deve entrar em vigor o toque de recolher das 22h00 às 05h00. O comércio terá horário reduzido das 09h00 às 15h00. Permanecem suspensas a realização de festas e eventos que causem aglomeração, conforme a decisão judicial. Estão suspensas também as atividades de academias e bares, práticas esportivas coletivas e acesso a praias e balneários. Restaurantes e lanchonetes só podem atuar com serviço de delivery ou para a retirada do pedido. Shoppings e barbearias podem funcionar das 12h às 20h.
Reuniões, manifestações, missas e cultos só podem ter 30% capacidade que não ultrapassem a capacidade de 100 pessoas. Aulas dos estabelecimentos particulares estão autorizados seguindo o decreto 291/2020.
"Com o novo decreto estamos reduzindo o horário do comércio, restringindo o funcionamento de algumas atividades como bares e restaurantes que foram flexibilizados anteriormente até que a gente possa sair da bandeira vermelha. O comitê tentou não ser tão radical em relação as atividades econômicas, permitindo que haja o funcionamento, desde que sejam cumpridas as exigências da vigilância sanitária. A gente precisa conservar os empregos, o trabalho das pessoas, mas temos que garantir também a vida das pessoas, que elas não adoeçam e não morram”, concluiu Nélio.