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Governo monta força-tarefa para combater focos de queimadas na APA Alter do Chão Autor: Desconhecido

Governo monta força-tarefa para combater focos de queimadas na APA Alter do Chão

Agencia Santarém
Publicado em - Atualizado
Focos iniciaram no sábado (14). Foto: Júlio César Antunes. Uma força-tarefa foi montada para conter...

Focos iniciaram no sábado (14). Foto: Júlio César Antunes.

Uma força-tarefa foi montada para conter as queimadas na Área de Proteção Ambiental Alter do Chão (APA Alter do Chão). Os focos iniciaram no sábado (14), foram contidos no domingo (15), mas devido a forte estiagem que atinge a região, as chamas acabaram retornando nesta segunda-feira (16).

Estão engajados no combate aos incêndios equipes da Prefeitura de Santarém, por meio das Secretaria de Meio Ambiente (Semma), Agricultura e Pesca (Semap), Infraestrutura (Seminfra) e Defesa Civil; Câmara de Vereadores; Centro Regional de Governo do Baixo Amazonas (CRBGA); 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4º GBM); Polícia Civil; Polícia Militar; Brigadistas Civis; Exército Brasileiro; Associação dos Militares Reservistas do 8º BEC e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Gestão municipal articulou ajuda com os governos Estadual e Federal. Foto: Júlio César Antunes

Daniel Gutierrez Govino é um dos voluntários da Brigada de Combate a Incêndios de Alter do Chão. Segundo ele, no sábado, a equipe com oito brigadistas foi deslocada, mas não conseguiu controlar o fogo, que estava intenso, e resolveu articular com o Corpo de Bombeiros as ações do domingo.

“Às 5h da manhã já estávamos aqui com a equipe. Subimos o drone, identificamos os focos, passamos para os bombeiros. Quando vai para 8h e 10h da manhã, como o sol esquenta e o vento sopra, o fogo levanta. Por isso que a gente viu aquele fogo daquele tamanho ontem. Não tínhamos visto um fogo daquele tamanho aqui. Todo ano queima aqui, atuamos desde o não passado, mas esse ano foi muito grande”, relatou Daniel Govino.

Área já atingida é de aproximadamente 10 quilômetros quadrados. Foto: Júlio César Antunes

Conforme o Ten. do 4º GBM, Albert Lira, já foi atingida aproximadamente uma área de 10 quilômetros quadrados. “Aqui o tempo está bastante seco. São focos muito isolados um dos outros e a dificuldade maior é a localização desses focos”

Na manhã de hoje, aproximadamente 200 pessoas entre civis, bombeiros, militares, agentes ambientais e prefeitura atuaram nos trabalhos de eliminação das chamas.

Brigadistas de Alter do Chão ajudaram no combate às queimadas. Foto: Júlio César Antunes

“A gestão municipal, em parceria com os governos do Estado e Federal, está voltando agora na área onde tiveram início às queimadas, sendo que ainda tem focos de incêndio, e com as imagens de drones, vamos fazer toda uma articulação para combater e proteger a APA Alter do Chão”, informou a secretária de Meio Ambiente, Vânia Portela.

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Um helicóptero específico para a situação de incêndios foi utilizado. “O que nos preocupa são dois focos em direção à Ponta de Pedras, mais próximo do Lago do Tapari e as equipes estão sendo mobilizadas para lá. Aguardamos a chegada também do helicóptero que saiu de Marabá, está em Altamira, se deslocando para Santarém para nos ajudar no monitoramento e no combate. Esse helicóptero, inclusive, é apropriado para levar bolsas d’agua, cerca de 400 a 500 litros, que vai nos auxiliar nessa operação da APA Alter do Chão”, explicou o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar.

Tendo em vista que o problema pode ter sido motivado pela ação humana, Nélio Aguiar solicitou ainda aos órgãos de segurança a abertura de um inquérito.

Militares, bombeiros, brigadistas, agentes ambientais e civis foram mobilizados para os trabalhos. Foto: Júlio César Antunes

APA Alter do Chão

A primeira unidade de conservação a ser instituída no Município de Santarém-PA foi a Área de Proteção Ambiental de Alter do Chão (APA Alter do Chão), através da Lei Municipal nº 17.771, em 02 de julho de 2003, com uma área de 16 mil hectares, fazendo limite com a APA Aramanaí do município de Belterra-PA, compreendendo dez comunidades.

Tem como um dos objetivos ordenar a ocupação das terras e promover a proteção dos recursos bióticos e abióticos dentro dos seus limites, de modo a assegurar o bem estar das populações humanas que lá vivem, resguardar ou incrementar as condições ecológicas locais e a paisagem e atributos culturais relevantes. 

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