"O animal apresentou peso de 12 quilos e 600 gramas e cerca de 100 centímetros de comprimento. Passará por novos exames clínicos"
Resgate contou com a parceria da Prefeitura, Corpo de Bombeiros e ZooUnamaUm filhote de peixe-boi foi resgatado na tarde desta quinta-feira (23) na comunidade São José do Ituqui, área de várzea, a cerca de 30 minutos de lancha da área urbana santarena.
A operação contou com a parceria da Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Corpo de Bombeiros e ZooUnama.
"Coloquei uma malhadeira ontem (22), às 18h, aqui próximo. Quando fui ver, agora pela manhã, o animal estava lá. Tiramos e ligamos para os órgãos", relatou o pescador Ivanildo Pinto.
″Tiramos e ligamos para os órgãos″, contou o pescador Ivanildo Pinto"A ação que ele fez foi uma coisa muito boa. Porque ele é um pescador que ainda tem a consciência da preservação de nossa fauna", disse a comunitária Maria Lúcia dos Santos.
No local, o animal recebeu os primeiros socorros. Foi constatado que é um macho e estava um pouco debilitado, mas apresentava boas condições de sobrevivência.
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Filhote apresentou 12 quilos e 600 gramasNo ZooUnama, o animal passou por mais cuidados. "Apresentava alguns ferimentos e iniciamos o tratamento de algumas lesões fúngicas que ele tinha na pele. Isso deve ser devido ao ambiente onde ele estava e também a baixa imunidade", informou a médica veterinária Ianne Posiadlo
Como peso, estava com 12 quilos e 600 gramas. Em relação ao comprimento, mediu cerca de 100 centímetros.
Ele passará por exames sanguíneos para saber as condições clínicas e permanecerá no zoológico para o acompanhamento veterinário.
Conforme a Lei Federal de Crimes Ambientais nº 9.605/1998, matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória é crime ambiental. O infrator está sujeito a pena de detenção de seis meses a um ano e multa.O animal permanecerá no zoológico para acompanhamento veterinário
Peixe-boi da Amazônia
O peixe-boi de água doce tem o nome científico de Trichechus inunguis, é endêmico da bacia amazônica e encontra-se na lista dos animais brasileiros ameaçados de extinção.
Mesmo protegido por lei, a caça a este animal ainda acontece principalmente com as fêmeas lactantes.
Historicamente, a partir do século XVI, esse mamífero aquático foi caçado indiscriminadamente para obtenção da carne e a utilização do couro que é, pelo menos, seis vezes mais resistente que o couro de um bovino.