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Feirantes de Santarém recebem orientações de Enfrentamento ao Trabalho Infantil Autor: Desconhecido

Feirantes de Santarém recebem orientações de Enfrentamento ao Trabalho Infantil

Agencia Santarém
Publicado em - Atualizado
A equipe das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti) esteve no...

A equipe das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti) esteve no sábado e domingo (01e 02/12) nas Feiras da Cohab, Mercadão 2000 e Aeroporto Velho em parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os Conselhos Tutelares I e II, levando orientações sobre o Enfrentamento ao Trabalho Infantil.

A equipe distribuiu panfletos, bonés e sacolas destacando a Campanha "Brincar, estudar, viver. Trabalhar, só quando crescer", e principalmente os canais de recebimento de denúncias dos três Conselhos Tutelares de Santarém e também o disque denúncia, o disque 100.

"O assunto Trabalho Infantil ainda é um tema difícil de se discutir. Alguns feirantes não aceitaram nossa presença, se posicionaram contrários as nossas orientações, mas alguns receberam bem nossa sensibilização. A fala de que eu trabalhei quando criança continua pertinente na vida dessas pessoas, mas elas não percebem que os tempos mudaram, as violações estão mais graves, principalmente no que se refere ao desenvolvimento psicossocial e físico. O pai antigamente orientava seus filhos ensinando como trabalhar, estava ao lado. Hoje vemos crianças e adolescentes muito pequenas sozinhas, vulneráveis as violências, as drogas e a exploração por adultos. Nosso trabalho não é fácil, mas vamos continuar fazendo nossa parte com o apoio do Ministério Público do Trabalho e de toda a Rede de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente". Destacou a coordenadora do Aepeti, Carise Pedroso.

Manoel Pereira de Souza, feirante há muito anos, defendeu: "Criança não pode trabalhar. Mas passou de 12 anos já pode fazer qualquer coisa. Na minha época, nós faziamos. Trabalhar não mata ninguém. Eu trabalhava com meu pai e também estudava".

Heloisa Helena Alencar, feirante há 12 anos na feira da Cohab, avaliou como importante receber os contatos dos Conselhos Tutelares. "Muito importante essa ação aqui na feira, e também importante saber os contatos dos conselhos. Infelizmente muitas crianças estão vigiando carros, sendo expostas a bebidas, drogas, influenciadas por más amizades. Muitos vem de madrugada para cá. Nós já chamamos muitas vezes a polícia. Muitos pais nem sabem que seus filhos estão aqui. Criança tem que ter tempo para tudo, tem que estudar, brincar. É importante as campanhas de orientações, mas muitos não aceitam, não compreendem o risco".

A Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras) e equipe do Aepeti se reuniram com feirantes da Associação dos Produtores Rurais de Santarém (Aprusan), para tratarem sobre o objetivo da ação e também pedir apoio. Todos se colocaram a disposição e deram a ideia de que sejam fixadas placas proibindo a presença de crianças e adolescentes trabalhando no local.

Segundo Carise Pedroso essas placas serão providenciadas assim que os trâmites legais forem resolvidos.

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