A 1ª exposição itinerante de artesanato dos indígenas da etnia Warao, que estão sendo acolhidos pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras), através da Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias (Caaf), encerrou na sexta-feira (11), na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
Ao todo, três ambientes foram prestigiados com a mostra dos produtos e fotos que retratavam o dia a dia dos indígenas. O primeiro local a receber a exposição foi o Rio Tapajós Shopping, no dia 29 de abril; logo em seguida, em 4 de maio, foi a vez do Mercadão 2000; o terceiro e último espaço a abrir as portas para a exposição foi a Ufopa.
Exposição sendo apreciada no Mercadão 2000O objetivo das exposições foi levar um pouco sobre a cultura deste povo a públicos diferentes, proporcionando proximidade e conhecimento sobre os indígenas Warao para a população santarena em geral, de forma a lançar um olhar sensível e respeitoso para com sua história. Além disso, buscou despertar a atenção de instituições e pessoas quanto à situação dos indígenas e suas reais necessidades.
"Foi a primeira vez que alguém veio até nós solicitar o espaço cultural Muiraquitã para divulgação e nós achamos fantástico poder receber a exposição dos indígenas Warao. O trabalho deles é diferente e fez com que mais uma vez cumpríssemos com nossa missão integrada de compartilhar esse espaço para a divulgação cultural. Vamos continuar de portas abertas para outros momentos, colaborando com a divulgação dos trabalhos ", garantiu Estefany Couto, da Diretoria de Cultura da Ufopa.Estefany Couto, da Diretoria de Cultura da Ufopa, prestigiando o artesanato
Lucas Vieira, professor do curso de Direito da Ufopa, também admirou a exposiçãoLucas Vieira, professor do curso de Direito da Ufopa, disse que acompanha, através do portal da Prefeitura, como o município tem ajudado esse povo. "É fantástico esse acolhimento, a divulgação do trabalho, do modo de vida e o conhecer da história. Devemos contribuir para termos outros olhares, sabemos das dificuldades deles em sua terra e esse acolhimento é fundamental, pois são seres humanos. O que pudermos fazer para ajudá-los a encontrar sua autonomia deve ser feito", observou o professor, natural do Piauí, há um mês em Santarém.
"Desde que o município foi surpreendido com essa demanda nós buscamos atendê-los encontrando um local para acolhimento. Veio então a preocupação com a saúde, o processo de educação, de forma a sempre respeitar suas origens. Agora demos mais um passo importante nesse acolhimento com a realização das exposições, visando a futura autonomia desse povo por meio da geração de renda", avaliou Celsa Brito, Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social.
De acordo com Juliana Fialho, coordenadora da Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias (Caaf), cada local escolhido para exposição teve o objetivo de contemplar e despertar o interesse de um público específico para a identidade do povo Warao, assim como oportunizar a venda do artesanato produzido pelos mesmos. "No caso da Universidade Federal a principal intenção foi de apresentar a comunidade acadêmica, fonte que produz conhecimento por meio de estudos e pesquisas, essa nova demanda para o cenário das políticas públicas brasileiras como o caso da migração de refugiados venezuelanos. O evento cumpriu o objetivo de forma bastante exitosa".