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Campanha de vacinação contra a gripe H1N1 inicia segunda-feira (8) em Santarém Autor: Desconhecido

Campanha de vacinação contra a gripe H1N1 inicia segunda-feira (8) em Santarém

Agencia Santarém
Publicado em - Atualizado
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A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) começa a disponibilizar na tarde de segunda-feira (8) nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município as vacinas contra a gripe influenza A/H1N1.

Preocupada com o surto que vem ocorrendo no estado do Amazonas, a gestão municipal solicitou no início do mês de março, a antecipação da campanha em Santarém. Com isso, o Ministério da Saúde enviou às doses necessárias para a campanha à Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) que já encaminhou as doses para a Santarém. "Já recebemos mais de 90 mil doses da vacina contra a gripe para a vacinação dos grupos prioritários. Nossa meta é vacinar 93 mil pessoas até o término da campanha, que vai até 31 de maio", comentou Edna Gadelha, coordenadora do setor de imunização da Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), da Semsa.

Saiba Mais: Prefeitura de Santarém solicita antecipação da Campanha de Vacinação contra o vírus H1N1

A campanha em Santarém prossegue até o dia 31 de maio. O Dia D será realizado no dia 4 de maio. Edna informou que todas as UBSs da zona urbana e da zona rural (área de planalto) estarão vacinando a população prioritária a partir da segunda-feira (8), pelo período da tarde. Já as Unidades da região de rios estarão recebendo as vacinas de acordo com os dias de viagens de embarcações, já que o acesso a elas só é possível por meio fluvial.

O grupo prioritário que deve ser vacinado durante a campanha compreende: crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias, pessoas com mais de 60 anos, profissionais da saúde, professores da rede pública e particular, população indígena, portadores de doenças crônicas (diabetes, asma e artrite reumatoide), indivíduos imunossuprimidos (pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia), portadores de trissomias (síndromes de Down e de Klinefelter), pessoas privadas de liberdade e adolescentes internados em instituições socioeducativas.

Diferente de outras doenças, a gripe precisa de campanhas de vacinação com periodicidade anual. Isso ocorre por características do próprio vírus, que, aos poucos, naturalmente, modifica-se geneticamente. Dessa forma, é necessário rever, a cada ano, os vírus que mais estão se propagando para adaptar a imunização, que dura de seis a doze meses. Além desse fator, trata-se de uma doença que tem um forte impacto na sociedade, com risco de morte muito alto (aproximadamente 650 mil pessoas morrem no mundo por ano, em virtude da influenza A/H1N1).

"É um vírus que causa uma síndrome clínica que pode ser muito simples, mas em algumas pessoas que tem um risco maior de ter problemas respiratórios pode ser muito grave, levando a morte", informou Edna Gadelha.

Em Santarém, o Hospital Municipal Alberto Tolentino Sotelo (HMS) enviou à Belém amostras de casos suspeitos para análises laboratoriais. Dois deles deram positivos para a doença. Os pacientes não eram de Santarém. Um homem diagnosticado com H1N1 era de Itaituba e morreu em decorrência da doença e uma mulher que veio da cidade de Faro para se tratar no HMS, teve alta do hospital.

A enfermeira Edna Gadelha disse ainda que, com esses casos tratados em Santarém, já a partir desta sexta-feira (5) equipes de imunização devem ser enviadas ao HMS e ao Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) para realizar a vacinação dos profissionais da saúde que atuam nas duas unidades.

As vacinas de modo geral têm impacto populacional e quanto mais pessoas estiverem protegidas, menor o risco de o vírus se propagar na comunidade. "Por isso, é de extrema importância que os integrantes dos grupos de risco se vacinem, criando uma barreira epidemiológica, evitando a possibilidade de passar a doença para alguém com imunidade mais baixa e com maior propensão a ter complicações", concluiu Edna.

Sobre a gripe H1N1
A gripe A, também chamada de gripe H1N1, é uma doença causada pelo vírus Influenza A (H1N1), e ficou amplamente conhecido após a pandemia de 2009. Esse tipo de vírus possui genes do vírus Influenza A humano, suíno e aviário e desencadeia um quadro de gripe mais grave quando comparado com os outros tipos, necessitando, portanto, de uma prevenção eficaz.

Sintomas
Os principais sintomas da gripe H1N1 são febre alta, dores musculares, dores de garganta e de cabeça, prostração e tosse seca. Em alguns pacientes, podem ocorrer complicações como bronquite, sinusite, pneumonia, além de problemas extrapulmonares. Por ser uma doença que pode causar a morte, é essencial conhecer as formas de se prevenir contra ela.

Prevenção
A vacinação é a forma mais eficiente de proteção contra a gripe. Ela é feita anualmente, pois os vírus causadores da gripe sofrem mutações.

Além da vacina, alguns cuidados podem ser tomados para se prevenir contra a doença, como lavar as mãos com frequência e evitar sair de casa se estiver doente, principalmente para locais com aglomeração de pessoas.

Como qualquer tipo de gripe, a transmissão ocorre, normalmente, por meio de gotículas de saliva contaminadas que ficam em suspensão no ar. Essas gotículas podem entrar em contato com outra pessoa, causando sua contaminação, ou ainda cair em superfícies que podem contaminar outros indivíduos. Diante das formas de contaminação, fica claro que a prevenção está diretamente ligada à higiene. Portanto deve-se:

• Lavar sempre as mãos, principalmente após tossir e espirrar. Para lavar a mão, deve-se utilizar água e sabão ou, ainda, álcool 70%. Para utilizar o álcool, é importante não estar com as mãos visivelmente sujas;
• Utilizar lenços descartáveis;
• Deixar o ambiente sempre ventilado;
• Cobrir boca e nariz sempre que espirrar ou tossir;
• Não tocar na região dos olhos, nariz e boca sem que a mão esteja limpa;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como garrafas, copos e talheres;
• Evitar contato com pessoa doente, evitando abraços, beijos e apertos de mão;
• Evitar aglomerações em épocas em que o número de casos da doença for alto.

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