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‘Alter do Chão, berço da vida’ e ‘Resistência Borari’ são os temas do Cor de Rosa e do Tucuxi no Çairé 2019 Autor: Desconhecido

‘Alter do Chão, berço da vida’ e ‘Resistência Borari’ são os temas do Cor de Rosa e do Tucuxi no Çairé 2019

Agencia Santarém
Publicado em - Atualizado
Com 10 títulos cada um, botos se enfrentam no sábado (21) para garantir o desempate Trazendo o tema...

Com 10 títulos cada um, botos se enfrentam no sábado (21) para garantir o desempate


Trazendo o tema ‘Fé que emociona, magia que encanta’, vai começar mais uma edição da maior manifestação cultural do estado do Pará e uma das mais antigas da região Norte, o Çairé 2019. Tradição no calendário paraense, a festa une o religioso ao profano em cinco dias de cultura, festa, lazer e entretenimento.

Incorporando elementos da natureza e do folclore indígena, a Festa do Çairé louva ao Divino Espírito Santo, enquanto o Festival dos Botos encena em uma disputa criativa a Lenda do Boto, representada pelo Tucuxi e pelo Cor de Rosa.

Para o Çairé 2019, as duas entidades: Agremiação Folclórica Boto Cor de Rosa e o Grupo Sociocultural Boto Tucuxi defenderão no sábado (21), respectivamente, os temas: "Alter do Chão, berço da vida” e “Resistência Borari”.

Sedução do boto Cor de Rosa no Çairé 2018. Foto: Ádrio Denner. O campeão do ano passado, Boto Cor de Rosa, promete entusiasmar a torcida levando para a apresentação no Lago dos Botos cerca de 800 pessoas, que exaltarão a vida do maior aquífero de água doce do mundo, Alter do Chão. “Vamos explorar bastante a questão da água que é vida. Mencionar a proteção que os povos nativos desde sempre deram a esse tesouro. Sem a água não podemos sobreviver”, informou o diretor de artes gerais do Cor de Rosa, Junior Souza.

Sobre as alegorias e indumentárias - construídas por vinte artistas plásticos de Santarém, Parintins e Alter do Chão - o diretor informou que o público pode esperar a representação da vida dos rios amazônicos por meio da união com o místico. “Vamos apresentar o ritual do batismo dando destaque à magia das águas. Esse ritual era feito pelos antigos indígenas como uma espécie de transição para o índio se tornar guerreiro e protetor. O índio se batizava e a partir daí se tornava protetor do aquífero”, finalizou Junior.Rainha do Çairé do Boto Cor de Rosa. Foto de apresentação do Çairé 2018.

Torcida do Tucuxi. Do outro lado da arquibancada, a torcida cinza pode esperar inovação e um grandioso espetáculo. Assim prometeu o diretor de artes do Boto Tucuxi Relisson Souza. “Esse ano, o Tucuxi vai inovar. Apesar da guerra contra o tempo, nós estamos montando um espetáculo para que o povo que virá assistir fique deslumbrado e deseje vir todo ano.”

A luta e resistência do povo borari será representada por meio dos itens e indumentárias produzidas pela equipe de artes composta por quinze pessoas na parte alegórica e oito no figurino. Ao todo, 600 pessoas do grupo brincarão no Lago dos Botos. “Vamos dar força à luta do índio pela sobrevivência de sua origem e a do caboclo que luta pela preservação da cultura. Trazemos a resistência do próprio Çairé, festa que acontece há mais de 300 anos. Hoje em dia, tudo é luta para nós, luta da vida, da cultura e do nosso espaço na sociedade.”Rainha do Çairé do Boto Tucuxi durante apresentação em 2018.

O Çairé 2019 inicia neste sábado (14) com a Busca dos Mastros e encerra na segunda-feira (23) com a derrubada. A disputa dos botos será no sábado (21).Boto Tucuxi durante sedução da cabocla no Çairé 2018.

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